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Salário mínimo ainda não é consensual

Agência Câmara - 28 de maio de 2004 - 09:10

A bancada do PT na Câmara adiou nesta quinta-feira a reunião que havia sido marcada para discutir a decisão já tomada pela Executiva Nacional do partido de fechar questão, mesmo sem unanimidade, pelo valor enviado ao Congresso. A bancada vai ter dificuldades para encontrar consenso, pois dos 90 deputados cerca de 30 já manifestaram a intenção de votar contra os R$ 260.
O presidente nacional do PT, José Genoino, já se manifestou publicamente pela manutenção do valor do salário mínimo enviado pelo Governo. Existem propostas na bancada do partido que elevam o salário para R$ 280, R$ 295 e R$ 300. A proposta que surge na Base Aliada é a sugestão para que o Governo elabore, rapidamente, uma política de recuperação do mínimo a médio e longo prazo.

PFL quer R$ 275
A Executiva Nacional do PFL decidiu nesta quinta, por unanimidade, fechar questão em torno da proposta de salário mínimo em R$ 275. Os parlamentares vão defender em Plenário o relatório do deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ), elaborado na Comissão Especial que analisou a Medida Provisória 182/04, enviada pelo Governo.

Excesso de superávit
O líder do PFL na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (BA), disse que é possível aumentar o valor do mínimo usando recursos que viriam do excesso de superávit primário realizado pelo Governo. Segundo Aleluia, a economia para pagar juros da dívida está sendo maior que a necessária e o Executivo poderia também cortar outras despesas. "O relator tomou o cuidado, ouvindo os técnicos do PFL e do PSDB, de apresentar uma proposta factível. É evidente que o Governo terá que cortar despesas supérfluas, como por exemplo a nomeação indiscriminada de pessoas sem concurso para cargos de confiança e talvez a suspensão da compra do avião", afirmou o líder.
José Carlos Aleluia acredita que não será preciso ameaçar nenhum parlamentar do partido com punições porque haverá unanimidade na votação contra os R$ 260 do Governo.
A Executiva decidiu ainda que os deputados e senadores do PFL estarão livres para votar outras propostas que possam surgir, de valor ainda superior aos R$ 275.

PMDB ainda não se decidiu
O PMDB, aliado com o qual o Governo conta para manter o valor anunciado, deve decidir na próxima semana se acompanha os R$ 260 ou se defende um mínimo diferente. A bancada vai se reunir nos próximos dias com o ministro da Previdência, Amir Lando, para saber o impacto de um aumento nas contas da previdência. A votação da medida provisória do salário mínimo deverá ser realizada em 15 dias.



Reportagem - Keila Santana
Edição - Ana Felícia


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