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Saiba mais sobre o Movimento dos Sem-Universidade

Agência Brasil - 17 de março de 2005 - 14:32

O Movimento dos Sem-Universidade (MSU) surgiu com esse nome em 2001, a partir da organização de movimentos sociais ligados aos cursinhos populares e hoje já possui representação em 10 estados brasileiros. A denominação foi dada pelo bispo de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, símbolo das lutas dos excluídos no Brasil. "O movimento atua com formação, ação, organização com parcerias sociais, no sentido de abrir as portas das universidades para o povo", ressalta o coordenador do MSU, Sérgio Custódio.

Custódio explica que o movimento é fruto da organização dos cursinhos populares, de experiências localizadas nas periferias do Brasil, principalmente das grandes cidades. Ele lembra que os cursinhos populares começaram a atuar no início dos anos 60, mas ganharam mais força nos anos 90 com a retomada dos trabalhos e quando houve a expansão do ensino privado. Os cursinhos são organizados em comunidades, igrejas, paróquias, escolas públicas. "Juntando um pé na universidade e um pé na periferia", enfatiza o coordenador.

Segundo ele, as preocupações do jovem mais pobre, excluído dos grupos da classe média começaram a surgir dentro das salas-de-aula com discussões de problemas que faziam parte do cotidiano desses estudantes: alto custo das taxas do vestibular, falta de vagas na universidade pública, a criação de cursos noturnos. "Por que é preciso pagar a taxa do vestibular? Nós precisamos fazer uma luta pelas isenções das taxas do vestibular, porque o povo quer fazer o vestibular e não consegue nem fazer a inscrição para o vestibular", questiona ele.

Ele ressaltou ainda, que a estrutura criada pelos cursinhos funciona como a parte prática do movimento que tem, como ações políticas em busca de mais acesso ao ensino superior. "Os cursinhos populares são uma forma de o MSU não ser apenas feito de discursos, para ser um trabalho de fato nas diversas regiões do Brasil", explica.

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