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Saiba como o estresse pode influenciar comportamento alimentar

Carolina Lara - 25 de agosto de 2012 - 11:44

É certo de que a população está cada vez mais estressada. Basta uma pressão no trabalho, em casa, no casamento ou da ordem financeira que o problema logo surge. O que a maioria desconhece ainda é que, além de todos os prejuízos que esse mal do século causa ao organismo, há um que se manifesta de forma silenciosa e ate mesmo prazerosa. Trata-se do aumento da ingestão de açúcar e carboidrato. O resultado, é o temido aumento de peso.



Priscila Recco, psicoterapeuta especializada em psicossomática, PNL com ênfase em Acutone e coaching ontológico, explica que as reações físicas do estresse também podem se manifestar de diferentes formas nos indivíduos. “Há quem possa sentir falta de apetite temporariamente e se alimentar dobrado quando o estresse passar. Outros podem sentir a necessidade física de consumir mais carboidratos”, destaca.



O termo carboidrato abrange um vasto território, porém, a maioria das pessoas o associa com massas e açúcares, sobretudo com o açúcar branco refinado. “Na realidade, pela definição de Gullo, um carboidrato é qualquer alimento que pode ser quebrado na forma de açúcares simples, usados por nossas células para nos fornecer energia. Quando se trata da conversão de alimentos em açúcares no sangue, quanto mais rápida e fácil se der essa conversão, nem sempre será o melhor para o nosso corpo”, explica Priscila.



A insulina é o hormônio que regula as taxas de açúcar no sangue. Uma de suas funções é retirar o açúcar do sangue e converter o seu excesso em gordura, armazenando-a na célula. “Quando o carboidrato entra na corrente sangüínea com muita rapidez, o nosso corpo secreta altos índices de insulina. Sob estresse permanente, um círculo vicioso perigoso pode instalar-se: a produção excessiva de insulina leva ao consumo de alimentos com alto teor de açúcar, que, por sua vez, desencadeia uma secreção ainda maior de insulina. Esse mecanismo pode gerar compulsão por açúcares, aumento de peso, predisposição ao diabetes e períodos de hipoglicemia”, alerta a médica.



O excesso de carboidratos não só faz engordar, como também o mantém com peso excessivo. Numa situação estressante, é aconselhável se alimentar de vegetais ricos em fibras e frutas. “Com o funcionamento lento do sistema digestivo, mastigue muito bem os alimentos, evite comer com pressa e ingerir produtos com alto teor de colesterol. Como alguns hormônios do estresse favorecem a retenção de líquidos, não abuse do sal e beba quantidade suficiente de água”, aconselha a especialista.



As doenças normalmente associadas à obesidade, como hipertensão, doença nas artérias coronárias, diabetes, altos níveis de tiglicérides e colesterol, são consequências de um quadro de estresse permanente. Isso significa que uma pessoa que esteja no peso ideal e apresenta um quadro de estresse crônico poderá ter a saúde comprometida.



Praticamente todas as frutas (exceto banana e as frutas secas) e praticamente todos os vegetais ricos em fibras (exceto cenoura e milho) são carboidratos com baixo índice glicêmico. Praticamente todos os grãos, amidos e massas são carboidratos com alto índice glicêmico.



Sobre Priscila Recco

Psicoterapeuta, especialista em Psicossomática, Acutone, Holoterapia Vibracional, PNL e Coaching Ontológico. Graduada pela Universidade Eotovos Loránd, pos-graduada pela Université de Geneve em Genebra, livre pesquisadora das relações entre musica e medicina, do ponto de vista antropológico.

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