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Sai na semana que vem financiamento para computador

Alana Gandra/ABr - 03 de novembro de 2005 - 20:09

A partir da próxima semana, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve começar a liberar o financiamento para venda de computadores populares. O finaciamento deve ser retirado pela rede varejista junto a bancos credenciados.

A informação é de Eduardo Ichikava, administrador do Departamento de Financiamento de Máquinas e Equipamentos(Demaq), da área de Operações Indiretas do BNDES. A formação da nova linha de crédito do banco para aquisição de computadores populares ainda está sendo concluída pelos técnicos da instituição.

Ichikava informou que o "BNDES já está com essa nova linha de crédito disponível", de apoio ao programa Cidadão Conectado, Computador para Todos, do governo federal, só que "através de operações diretas, isto é, em que os varejistas vão tomar dinheiro diretamente ao banco". O apoio do BNDES nas operações diretas se destina a projetos de valor superior a R$ 3 milhões. Ichikava revelou que essa linha já tem, inclusive, consultas de varejistas que estão sendo analisadas pelo banco.

O programa de financiamento do BNDES a computadores populares tem dotação de R$ 300 milhões até o dia 31 de dezembro de 2006. Ichikava alertou, entretanto, que se houver demanda, o programa poderá ser renovado e o limite de recursos ampliado. Ainda este mês, será iniciada uma ampla campanha de marketing e divulgação do programa em cadeia nacional, informou o administrador do Demaq.

Eduardo Ichikava lembrou que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil já estão habilitados a operar o programa. As duas instituições estão provendo crédito oriundo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) diretamente para o consumidor. No caso do BNDES, o objetivo é prover financiamento para os varejistas. Isso significa que o comerciante, e não o fabricante de computadores, é que vai utilizar o crédito do Banco.

Ichikava explicou que os varejistas terão, entretanto, de estar enquadrados na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), que determina um conjunto específico de varejistas, pertencentes ao grupo G52, que pode operar a linha do BNDES.

Esse grupo diz respeito ao comércio varejista não especializado com predominância de produtos alimentícios, englobando hipermercados e supermercados; o comércio varejista não especializado sem predominância de produtos alimentícios; e o comércio varejista de máquinas e equipamentos de uso doméstico e pessoal. "A gente conseguiu abranger todo varejista capaz de comercializar esses computadores", afirmou.

As condições financeiras, tanto para as operações diretas como indiretas, envolvem Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), praticada pelo banco em seus financiamentos, mais remuneração da instituição que pode ser de 4,5% ao ano ou de 1% ao ano. Ichikava esclareceu que no caso dos 4,5%, "o varejista está se comprometendo a financiar os seus consumidores em até 3% ao mês. Se ele se comprometer a financiar os consumidores a, no máximo, 2% ao mês, ele recebe uma taxa de juros cobrada pelo BNDES de 1%". Isso significa que quanto menos ele cobra dos consumidores finais, menos também ele paga ao banco, confirmou.

Ichikava adverte que o funcionamento efetivo do programa requer o credenciamento prévio, junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia, dos fabricantes interessados em participar, bem como dos produtos que desejam comercializar. "Aí sim, a partir do credenciamento dado pelo MC&T, os varejistas vão poder bater aqui na nossa porta", disse o especialista.

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