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Safra dos EUA baixa preços no Brasil

Famasul Noticías - 22 de outubro de 2004 - 14:09

Mais de 84 milhões de toneladas de soja, 294 milhões de toneladas de milho e 58 milhões de toneladas de trigo devem jorrar das fronteiras norte-americanas mundo afora no próximo ano. Puxando, a reboque, os preços dos grãos para baixo.

A previsão é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), e consta do último relatório de produção de grãos, divulgado este mês. Os recordes somam-se ainda à probabilidade de safras cheias também no Brasil e na Argentina.

É a lei da oferta e da procura, que não assusta mais produtores e traders. Mas devem se preparar para um ciclo de preços mais baixos.

- Para a soja, a produção prevista significa o fim de um ciclo de alta - sentencia Anderson Galvão, diretor da consultoria Céleres.

A fase de baixa, diz, deve perdurar por dois ou três anos, assim como a alta vivida entre 2001 e 2003.

O produtor tradicional tem de "segurar seus custos" e estreitar a margem de rentabilidade, diz Getúlio Pernambuco, chefe do departamento econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), porque precisa praticar as cotações internacionais. Sérgio Mendes, diretor-executivo da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), observa que isso não é problema para os norte-americanos, cuja produção é apoiada por subsídios.

- Se o preço hoje é de US$ 5,14 por bushel, receberão US$ 5,80 de qualquer jeito - lembra Antônio Sartori, da corretora Brasoja.

Mas o brasileiro tem de dançar conforme a música, o que fica mais complicado em um ano em que os custos de produção subiram até 30%. O diretor-executivo da Anec acredita que os volumes negociados com o Exterior não sofrerão redução. Irmfried Schmiedt, gerente da Cooperativa Tritícola do Alto Jacuí, está confiante nisso porque "China e Índia continuam consumindo muito".

Autor:
CNA/Zero Hora - RS

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