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Sábado é dia do Zé Gotinha

Rede Saúde - 02 de junho de 2004 - 10:19

O Ministério da Saúde realiza, no próximo sábado, dia 5 de junho, um dia inteiro de vacinação contra a poliomielite ou como é mais conhecida, a paralisia infantil. Este ano, a campanha de vacinação tem o slogan “A gotinha que vale ouro” e a meta do ministério é vacinar mais de 17 milhões de crianças menores de cinco anos. Além de proteger contra a paralisia, a vacinação de todas as crianças garantirá que nenhum caso da doença volte a ser registrado no Brasil.

Este sábado, todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas, mesmo as que estiverem com tosse, gripe, rinite ou diarréia. Vale ressaltar que não existe tratamento para a paralisia infantil e, somente a prevenção, com a vacina, garante que criança estará protegida contra a doença.

Cerca de 440 mil pessoas, entre servidores da saúde e voluntários, serão mobilizados em 117 mil postos de saúde. Para o transporte das equipes de vacinação, estarão disponíveis 39 mil automóveis, 2,5 mil embarcações e cinco aeronaves. Tais números fazem desta campanha a maior mobilização do mundo para vacinação em massa de crianças.

Investimento - Para a primeira etapa da campanha, o investimento é de R$ 23,1 milhões. Desse montante, R$ 10,9 milhões foram aplicados na compra de 26,6 milhões de doses da vacina. Outros 6,2 milhões foram destinados ao repasse para estados e municípios se prepararem para a mobilização. Para a campanha de publicidade, foram alocados R$ 6 milhões na produção de cartazes, folderes, outdoors, busdoors, além da mídia de rádio e televisão.

Cobertura – As secretarias estaduais e municipais de Saúde vão reforçar a vacinação em pequenas localidades, onde as coberturas de vacina são menores. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cobertura vacinal contra a paralisia infantil deve abranger 95% das crianças menores de cinco anos. Já o Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda aos estados que atinjam a cobertura mínima de 95% em pelo menos 80% dos municípios. Isso garantirá o sucesso da vacinação e evitará o reaparecimento da doença.

Nas áreas rurais e de difícil acesso, as crianças também poderão atualizar o cartão de vacinas. Serão oferecidas, por exemplo, as vacinas, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), dT (difteria e tétano), febre amarela e hepatite B.

Histórico - Em 2004, a estratégia contra a paralisia infantil no Brasil, completa 24 anos de existência. O último caso da doença verificado no país foi em 1989. Em 1994, o Continente Americano recebeu da OMS o reconhecimento por ter acabado com a transmissão da doença. Os países do Pacífico Ocidental receberam o reconhecimento em 2000 e a Europa, em 2002. Restam no mundo três regiões que ainda não receberam a certificação: África, Sudeste da Ásia e Mediterrâneo. Nos últimos três anos, 12 países dessas regiões registraram casos da doença: Angola, Etiópia, Madagascar, Mauritânia, Niger, Nigéria, Índia, Afeganistão, Egito, Paquistão, Somália e Sudão.

Portanto, é fundamental manter a vacinação de menores de cinco anos contra a paralisia infantil. Sem vacina, há risco da doença voltar a fazer vítimas em países que já acabaram com a doença, como o Brasil. A estratégia brasileira não só mantém o país livre da paralisia infantil, como também integra uma rede mundial contra desta doença

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