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Rubéola: vacinação é intensificada nas fronteiras

Agência Saúde - 14 de agosto de 2008 - 14:28

O Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, preparou grande mobilização nos 121 municípios brasileiros que fazem fronteira com os países latino-americanos para garantir a vacinação contra a rubéola. A ação já começou nos estados do Amapá, Pará, Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ao todo, serão beneficiadas cerca de 200 mil trabalhadores que mantêm atividades ou negócios na região de fronteira com a Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. A ação integra a Campanha Nacional de Vacinação para a Eliminação da Rubéola no Brasil, iniciada dia 9 de agosto e que se estende até 12 de setembro.

Para a consultora técnica em imunizações da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Ana Morice, o empenho brasileiro contribuirá para a eliminação da rubéola nas Américas. “O esforço para a realização dessa campanha é tão grande quanto o Brasil, e vacinar pessoas que transitam na fronteira é essencial”, avalia Morice, consultora destacada pela OPAS para trabalhar com o Ministério da Saúde na preparação da campanha.

Essa ação foi planejada para atender tanto aos brasileiros que vão a trabalho para os países vizinhos quanto os estrangeiros que mantém atividade rotineira no Brasil, o que reforçará a vacinação contra a rubéola na região de fronteira.



PÚBLICO - De acordo com Morice, a estimativa é de que do total de pessoas que serão beneficiadas nessa ação, 140 mil sejam brasileiros e 60 mil estrangeiros. Em todo o país, a meta da campanha contra a rubéola é vacinar 70 milhões de pessoas, das quais, 35,3 mulheres e 34,7 homens. O objetivo do Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios, é eliminar a circulação do vírus que causa a rubéola e, dessa forma, evitar a ocorrência da doença no país.

A vacina contra a rubéola faz parte do calendário de vacinação infantil. Nas mulheres grávidas, a infecção causada pelo vírus da rubéola resulta em malformação congênita no bebê, que causa cegueira, surdez, problemas cardíacos e retardo mental.

Serão vacinados homens e mulheres entre 20 e 39 anos, que receberão a vacina Dupla Viral, contra sarampo e rubéola. Nos estados Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte e entre a população indígena que vive em aldeias, será aplicada a vacina Tríplice Viral, contra sarampo, caxumba e rubéola, na faixa etária de 12 a 39 anos.



EXPERIÊNCIA - A epidemiologista Ana Morice trabalha há quatro anos para a OPAS, acompanhando campanhas de vacinação de adultos em diversos países das Américas. Nesse período, Morice contribuiu na organização das campanhas da Costa Rica, México, Nicarágua, Bolívia, Colômbia, Argentina e Venezuela.

Entre as atribuições da consultora estão orientações quanto ao plano de ação de campanha, compartilhamento de experiências de outros países, elaboração de manuais técnicos, implementação de sistema de informação, monitoramento e verificação final das coberturas de vacinação.

“A estratégia de vacinação de massa deve estar ancorada em um bom planejamento de ações operacionais e de comunicação social em todos os níveis”, reforça Morice. “Para atingir a eliminação da rubéola, é necessário alcançar cobertura de vacinação de, no mínimo, 95% em todos os municípios do Brasil”, completa a consultora da OPAS.

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