Seis policiais de plantão, entre civis e militares, foi este foi o cenário encontrado pelos assaltantes que roubaram ontem dois bancos em Costa Rica, distante 330 quilômetros de Campo Grande. É este o efetivo diário para garantir a segurança do município, que segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) tem 16,4 mil habitantes.

Além de Costa Rica, o efetivo é usado para atender as ocorrências de Figueirão (2,9 mil habitantes) e o Distrito de Paraíso das Águas (2 mil habitantes). No total, são 14 homens na Polícia Militar, entre eles o comandante tenente Oscar Leite Ribeiro, que foi feito refém pelos bandidos ontem juntamente com outro policial militar, dois fiscais da fazenda estadual, um gerente de banco e dois vigilantes.

O comandante explica que, mesmo que o efetivo fosse maior, a situação registrada ontem não poderia ser evitada. “Isso dependeria de um trabalho de inteligência prévio. Não está relacionado à infra-estrutura. Poderíamos ter o armamento que fosse, não colocaríamos em risco a vida das pessoas”.

Dos 14 homens que se revezam no plantão da PM de Costa Rica, seis moram em Campo Grande e outros dois em cidades vizinhas. Tenente Oscar explica que, independente do ocorrido ontem, o pedido de mais efetivo ao Comando da Polícia Militar em Campo Grande é rotina. Além do pouco efetivo, são três viaturas para o serviço dos policiais.

Além da PM, a Polícia Civil também encontra problemas de efetivo. Segundo o delegado da cidade, Ariovaldo Teixeira, além dele são quatro agentes e um escrivão. O delegado tem uma viatura à disposição. Ele nega, mas precisou pedir um carro emprestado para o uso de agentes na perseguição aos ladrões ontem. Teixeira também usou o próprio carro, um Eco Sport para tentar alcançar os bandidos.

Tanto o delegado Teixeira, como o comandante da PM explicam que a situação vivida em Costa Rica não difere da maioria dos municípios do interior.