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Rosildo Barcellos: É doce morrer no mar

Prof. Rosildo Barcellos - 17 de agosto de 2008 - 08:27

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

Saveiro partiu de noite foi
Madrugada não voltou
O marinheiro bonito
Sereia do mar levou...

Esse é um fragmento de uma das composições mais célebres do cantor e compositor
baiano Dorival Caymmi que faleceu neste sábado aos 94 anos. Ele estava em seu
próprio apartamento, assim como meu pai (75 anos) que estava em seu quarto, fato
interessante, posto que ambos cantores e entusiastas da cultura e da música morreram
em casa " baianamente" tranquilos. O curioso é que também hoje estamos em um dia
histórico para a natação brasileira e para o futebol (ufa vencemos Camarões!). A
primeira medalha de ouro do País foi conquistada por César Cielo Filho que venceu de
maneira espetacular a disputa dos 50 metros livre ao cravar a marca de 21s30 - novo
recorde olímpico; e estes fatos todos rechearam a minha mente e fizeram pensar.
Muitas alegrias e muitas histórias de superação nos fizeram esquecer dos grandes
problemas que assolavam nossos dias. Os grandes esquemas de corrupção; a dor das
vidas ceifadas de parentes e amigos nesse mês foram por alguns momentos atenuadas.

Mas o que de repente uma coisa te a ver com a outra? Em primeiro lugar o
sobrenome do nosso medalhista (Filho) une tudo isso e nos faz questionar a vida
e fazer suposições.A mais importante é que, por incrível que pareça, as nossas
decisões comandam nossas vidas. Claro, alguns podem dizer que Deus está no
comando de tudo. Sim posso concordar, evidente;mas ele nos dá o livre arbítrio
ele fica observando nossas movimentações. Se lembramos dele em nossas vitórias
ou somente nas horas de dor e fracasso. E esse artigo vem retratar essa
disposição de uma forma natural e consistente.

Principalmente porque estamos no mês dos pais e sempre essa data me fala muito
alto. pois todos nós dependemos de alguém para nossa orientação e estar nessa
função de pai. Deus é pai quando nos sustenta.Os erros que cometemos são pais
que nos corrigem mesmo sem eles estarem por perto; porque do erro vem a
resposta de nossas decisões.Por isso para mim esse dia é um momento de reflexão
e eu lembro de uma lenda que conta como podemos alcançar o céu ou o inferno
através de nossas decisões

Certa vez uma pesso a muito forte e já conhecido pela sua índole violenta, como
estupendo lutador e desbravador, foi procurar seu pai em busca de respostas
para suas dúvidas.

Encontrando-o,indagou: - Pai, disse o rapaz, com desejo sincero de aprender,
ensina-me sobre o céu e o inferno.

O pai , de pequena estatura e muito franzino, olhou para o então, famoso e
bravo guerreiro e, simulando desprezo, lhe disse:

- Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo. Seu mau cheiro é
insuportável.

- Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada. Acho que você é uma
vergonha para a sua classe.

Imediatamente o rapaz ficou enfurecido. O sangue lhe subiu ao rosto e ele não
conseguiu dizer nenhuma palavra, tamanha era sua irritação e incômodo com
aquelas palavras. Empunhou a espada que levava consigo, ergueu-a sobre a cabeça
e se preparou para decapitar o seu velho pai.



- "Aí começa o inferno", disse-lhe o pai com tranqüilidade.



O filho ficou imóvel. A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara.



Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno. O intimorato
jovem abaixou lentamente a espada submetendo-se a introrsão e agradeceu ao seu
genitor pelo valioso ensinamento. O pai continuou em silencio e apenas
fitou-lhe os olhos. Passado algum tempo o filho, já com a intimidade
pacificada, pediu humildemente ao pai que lhe perdoasse o opróbio sem
propósito.



Percebendo que seu pedido era sincero, o pai lhe falou: - "Aí começa o céu".
Com essa antiga lenda quero lembrar a todos a importante lição sobre o céu e o
inferno que podemos construir .Tanto o céu quanto o inferno, são estados de
alma que nós próprios elegemos no nosso dia-a-dia. Assim sendo a cada instante
somos convidados a tomar decisões que definirão o início do céu ou o começo do
inferno. Ante a partida de um ente caro, nos braços da morte inevitável,
podemos optar pelo desespero ou pela resignação. Enfim, surpreendidos pelas
mais diversas e infelizes situações, aonde perpassam transeuntes apressados; ou
onde a perplexidez se esconde; poderemos sempre optar pela incompreensão ou
estender a ponte do diálogo que nos possibilite uma solução feliz; pois sempre
haverá alguém que nos quer bem e nem tudo está perdido. Mas uma coisa é certa:
o bem que hoje fazemos é o mal que não nos alcançará amanhã. E um lembrete: não
acredite que tenha um dia específico para comemorar os dia dos Pais. O dia dos
Pais são para serem comemorados todos os dias; porque para eles cada sorriso
nosso é motivo de festa e cada vitória nossa é motivo de orgulho

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