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Rondon leva mil estudantes para conhecer a Amazônia

Priscilla Mazenotti/ABr - 05 de fevereiro de 2006 - 13:39

Aos 21 anos, Suzana Wurtzel viajou de avião pela primeira vez. E,segundo ela, por uma causa nobre. Suzana e mais 700 estudantes chegaram a Manaus ontem (3) para participar do Projeto Rondon. Até o dia 19, os universitários vão desenvolver projetos na área de educação, saúde e preservação do meio ambiente em 42 comunidades carentes.

"É a possibilidade de conhecer outra região do País, de levar um conhecimento, mas também de absorver muito mais", diz Suzana. Ela saiu de Ponta Grossa, no Paraná, para participar do projeto na comunidade de Caracaraí, em Roraima.

Apesar do nervosismo, da ansiedade e do cansaço, o ânimo dos estudantes não foi prejudicado. "Estamos animados para encontrar diversidade cultural e gente diferente. Acredito que vai ser uma realização tanto pessoal quanto profissional", comemora.

O Projeto Rondon foi criado em 1967 e funcionou até 1989. Sob o lema "Desenvolvimento para Todos", foi reativado pelo governo federal, ano passado, à pedido da União Nacional dos Estudantes (UNE). Esta edição está em 42 municípios em oito estados da Amazônia Legal.

Até 2010, a expectativa é que o Rondon esteja em todos os estados da Amazônia. Já no próximo ano, a operação deverá dobrar de tamanho. A Operação Amazônia 2006 conta com a participação de mil estudantes e cem professores, além do pessoal de apoio e orientadores, num total de 1,5 mil participantes.

Para o coordenador-geral do Projeto, general-de-divisão Gilberto Arantes Barbosa, o Rondon é um mutirão de cidadania que não tem componentes políticos, nem ideológicos. "Nós trazemos estudantes do centro-sul do Brasil para que eles tomem um choque de realidade. O objetivo é que o estudante tome esse choque de realidade para que seja um brasileiro completo e não apenas um brasileiro do centro-sul", explicou.

Diagnóstico feito com as comunidades carentes atestou que as maiores dificuldades encontradas são nas áreas de cidadania, bem-estar, desenvolvimento sustentável e gestão pública. "Viemos agora para sanar os problemas que foram levantados no ano passado. Na parte de bem-estar, por exemplo, vamos tratar de prostituição infantil, exploração sexual de adolescentes e uso de drogas", explicou o militar.

O coordenador do projeto, no entanto, não sabe dizer quem é o maior beneficiado pelo Rondon – se os estudantes que chegam ou a comunidade que recebe as ações. "É uma dúvida que eu sempre terei, graças a Deus. Acho que para os dois, em conseqüência, ele é ótimo para o Brasil", disse.

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