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Romário está feliz com a convocação

CBF News - 20 de abril de 2005 - 09:37

A vitoriosa carreira de Romário, feita de muitos gols e títulos, vai ficar para sempre marcada pela conquista do tetracampeonato mundial de 1994. Em toda sua trajetória no futebol, não houve uma campanha para a qual o artilheiro se preparasse tanto.

Desde quando foi chamado por Carlos Alberto Parreira para o último jogo das Eliminatórias, em setembro de 1993 contra o Uruguai, até o jogo contra a Itália que deu o título ao Brasil, Romário se fez presente para ser decisivo na conquista. O atacante, na época no Barcelona, estava no apogeu da sua forma física e técnica.

- A conquista da Copa de 1994 é um marco na minha carreira e daquele grupo. Acho que foi o auge da carreira de todos nós, por isso se tornou inesquecível - disse.

Onze anos depois, Romário volta à Seleção Brasileira. Agora para se despedir oficialmente da camisa 11, diante do torcedor brasileiro, no amistoso contra a Guatemala, no dia 27 de abril, no Estádio Pacaembu, em São Paulo. Romário diz que ficou muito feliz quando recebeu a convocação para a sua despedida. Ainda mais por saber que os seus companheiros de 1994 estarão no Pacaembu para assistir ao jogo e serem homenageados pela CBF.

- Queria muito me despedir da Seleção Brasileira jogando no Brasil. Estou feliz e mais orgulhoso ainda porque vou representar em campo aquela geração da qual fiz parte. Vou jogar como se estivesse ao lado dales, daquele time inesquecível que foi tetracampeão - disse.

O atacante estava sensibilizado pela oportunidade dada pela CBF de poder se despedir oficialmente da Seleção Brasileira.

- Quero agradecer ao presidente Ricardo Teixeira e ao Parreira por terem me dado a chance de me despedir no Brasil. Estava faltando isso na minha carreira - disse.

A cronologia de uma participação decisiva

A participação decisiva de Romário na Copa do Mundo de 1994 começou a se desenhar no dia 19 de setembro de 1993, no Maracanã. O Brasil precisava vencer o Uruguai para se classificar para o Mundial de 1994 - Romário teve uma das melhores atuações das tantas que o torcedor do Maracanã assistiu e marcou os dois gols da vitória da Seleção por 2 a 0.

O técnico Carlos Alberto Parreira lembra que a atuação da Seleção Brasileira naquele jogo entrou para a história.

- Foi um dos maiores massacres de um time sobre o outro que eu presenciei. O Uruguai não conseguiu dar um chute a gol, foi uma atuação brilhante a do Brasil - conta.

Classificação assegurada, o time embarcou um ano depois para a Copa dos Estados Unidos cercado de críticas. A Seleção e o esquema tático adotado por Parreira estavam sob desconfiança, mas o Brasil foi mostrando a cada jogo que o objetivo de conquistar o tetracampeonato era muito mais do que uma possibilidade.

- Foi o grupo mais unido do qual participei. Nos fechamos em torno do objetivo. Apesar das críticas, sabíamos que poderíamos ganhar o tetra.

Romário exalta esquema de Parreira e a parceria com Bebeto

O tetracampeonato foi conquistado, graças ao talento dos jogadores, mas, sobretudo, porque escorado no eficiente esquema tático montado por Parreira, que possibilitou ao time exercer a sua criatividade quando tinha a posse da bola.

- Aquela Seleção era quase perfeita na marcação. Tanto que levou só três gols na Copa de 94. E esse é um mérito do Parreira, até por uma questão de justiça - conta Romário.

O esquema era adequado, Bebeto foi um parceiro perfeito, e Romário tratou de fazer a sua parte. Ou seja, tudo o que sempre diz que gosta e sabe fazer: gols. Uma história que começou no jogo de estréia, no dia 20 de junho de 2004, nos 2 a 0 sobre a Rússia - ele abriu o placar e Raí fez o segundo.

O jogo seguinte foi contra Camarões, no dia 24 de junho. 3 a 0 para o Brasil, com gols de Romário, Márcio Santos e Bebeto. Na última partida da primeira fase, houve um empate conseguido com muita dificuldade diante da Suécia, que fez 1 a 0 - Romário empatou aos 44 minutos do primeiro tempo.

No dia 4 de julho, a Seleção Brasileira enfrentou a Seleção dos Estados Unidos pelas oitavas-de-final. Partida difícil, o Brasil com 10 jogadores em campo, até que aos 27 minutos do segundo tempo, Romário descobriu Bebeto com um passe perfeito - gol de Bebeto, vitória de 1 a 0 e a classificação para as quartas-de-final.

- O Bebeto foi o meu melhor parceiro no futebol. Acho que vai ser difícil haver uma dupla de ataque como a que nós formamos.

Pelas quartas-de-final, o Brasil fez um jogo inesquecível contra a Holanda. Parecia que a partida seria fácil, com os 2 a 0 assinalados por Romário e Bebeto, mas a Holanda chegou ao empate. O gol de Branco liquidou o jogo e decretou a passagem do Brasil para as semifinais.

A Suécia surgiu como penúltimo adversário do Brasil em busca do tetracampeonato. O jogo do dia 13 de julho foi um dos mais complicados para o Brasil. O 0 a 0 teimava no placar, até que Romário decidiu com uma cabeçada, aproveitando o cruzamento de Jorginho.

- Claro que não foi o gol mais bonito, mas um dos mais marcantes da minha carreira.

O jogo decisivo contra a Itália, no dia 17 de julho de 1994, faz parte da história das conquistas da Seleção Brasileira. Romário estava lá, se disse mais uma vez presente na cobrança do pênalti que converteu e ajudou o Brasil a reconquistar um título mundial depois de 24 anos.

- A emoção é a mesma quando lembro daquele jogo. Foi o dia mais feliz da minha vida - finaliza.

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