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Rodoviários voltam a impedir circulação de ônibus em Goiânia

Agência Brasil - 17 de maio de 2014 - 13:06

Novos protestos do grupo de rodoviários insatisfeitos com os termos do acordo salarial assinado na quinta-feira (15) ocorrem na região metropolitana de Goiânia (GO). Pelo segundo dia consecutivo, pessoas ligadas ao movimento bloquearam garagens de empresas de transporte coletivo urbano, comprometendo o funcionamento de ao menos 17 dos 19 terminais municipais. Diante do clima de insegurança, motoristas e cobradores se negaram a circular. Desde a madrugada de ontem (16), ônibus e instalações de terminais foram depredados. De acordo com a Polícia Militar, até a tarde de ontem, pelo menos 16 adultos foram detidos acusados de participar de atos de vandalismo. Uma adolescente foi apreendida.

Para preservar a segurança dos motoristas, cobradores e usuários do sistema, todas as empresas concessionárias decidiram recolher os ônibus a partir das 20h de ontem. Embora a expectativa do Consórcio RMTC, responsável por gerir a operação integrada do sistema de transporte coletivo na região, fosse de que as operações voltassem ao normal a partir das primeiras horas da manhã de hoje (17), vários terminais registram problemas, entre eles os do Araguaia, de Bandeiras, do Cruzeiro, de Garavelo, Isidória, Maranata, Padre Pelágio, da Praça da Bíblia, de Veiga Jardim, Vera Cruz e da Vila Brasília.

Ainda segundo o Consórcio RMTC, o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18) considerou abusivo o movimento encabeçado pelo Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo) e estabeleceu multa de R$ 50 mil por cada ato que impeça ou prejudique a circulação dos ônibus. Por meio de sua página no Twitter, o consórcio informa estar aguardando o cumprimento da decisão liminar.

O consórcio e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (Setransp) negam que os rodoviários estejam em greve. Já o Sindittransporte, que representa os cerca de 4,5 mil motoristas, cobradores, mecânicos e rodoviários, informou não ter responsabilidade pelos protestos. Em nota divulgada na quinta-feira, o sindicato dos trabalhadores afirma que “a tentativa fracassada de paralisação não é de reponsabilidade do Sindittransporte, nem da categoria de trabalhadores, mas sim do Sindicoletivo. De acordo com a assessoria do Sindittransporte, o grupo de insatisfeitos tem menos de 40 rodoviários. Desde o início, o sindicato vem orientando a categoria a não reagir a provocações e a não tentar furar eventuais bloqueios.

A Agência Brasil não conseguiu contato, por telefone, com nenhum representante do movimento.

Mediado pelo Ministério Público do Trabalho, o acordo trabalhista que os sindicatos dos trabalhadores e das empresas de transporte coletivo urbano assinaram na quinta-feira estabelece um aumento salarial de 7%; reajuste de 16% no valor do tíquete-alimentação; 7% a título de gratificação suplementar e manutenção do anuênio, acréscimo salarial de 3% que cada trabalhador recebe por ano de trabalho. Com o aumento, o salário base da categoria passou de R$ 1.445,14 para R$ 1.546,30.

Em nota, o Sindittransporte defendeu o acordo, garantindo que a reposição salarial ficou acima da inflação medida no último período (5,39%). “O acordo representa um grande avanço para os trabalhadores do transporte coletivo de Goiânia e região metropolitana e está em conformidade com a média dos reajustes de outras categorias de trabalhadores em âmbito nacional”.

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