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Risco para rádios pequenas só será medido após testes

Alessandra Bastos /ABr - 07 de outubro de 2007 - 16:04

Brasília - O superintendente de Serviços de Comunicação de Massa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ara Apkar Minassian, afirma que o objetivo dos testes com sistema de rádio digital é “dar condições iguais a todos como foi feito com a TV digital. Se houver interferências sobre uma rádio de pequena potência ou sobre uma rádio comunitária, a emissora não vai ser prejudicada, teremos que achar uma solução técnica”.

A espectativa da Anatel é, em quinze dias, divulgar a metodologia criada para a realização dos testes, que serão feitos por até três rádios.

As rádios comunitárias temem ser prejudicadas com a transição do sinal analógico para o digital. Pela legislação brasileira, a potência máxima permitida a uma rádio comunitária é 25 Wattz. Há dois meses, o representante da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária(Abraço), Joaquim Carlos Carvalho, afirmou à Agência Brasil que, no Iboc (sistema de rádio digital norte-americano), 25 Wattz equivale a potência dos ruídos. Na prática, “só se ouviria ruído. Estarão fora do mercado todas as rádios comunitárias, educativas e as rádios comerciais pequenas. Só vão ficar as grandes emissoras”, disse o representante na ocasião.

Para o superintendente da Anatel, é cedo para definições. “Está todo mundo especulando. É muito mais fácil aguardar o resultado dos testes, independente de quem está realizando, para lá na frente a gente avaliar qual é a potência mínima, até onde dá para ir, qual a potência máxima.Isso vai ser avaliado independentemente de qual seja o tamanho da emissora”, garante.

Segundo Ara Minassian, neste momento, “existem opiniões diversificadas de que o sistema não vai funcionar para A, B ou C. O objetivo dos testes é justamente avaliar todas as condições. E, depois disso, o Executivo vai poder avaliar de forma integrada”.

O superintendente afirma também que todos os problemas estarão especificados no relatório final. “A potência mínima é de tanto, portanto, na hora de partir para digital tem que verificar como vai atender todas as emissoras. O custo de um digital é tanto, quem consegue suportar esse custo. Tudo isso vai ter que ser avaliado”.

Para ele, “no momento, não dá para medir riscos ou danos que o país possa ter. Enquanto não tivermos o resultado desses testes, não adianta falar em riscos”, conclui.


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