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Rio Tinto vai investir 650 milhões de dólares em Corumbá

Cadu Bortolotto - 02 de setembro de 2004 - 16:23

- Aos poucos, tudo aquilo que prevemos e pelo qual temos trabalhado está acontecendo. A usina térmica, os pólos gás-químico e mínero-siderúrgico, e agora a expansão das atividades da Rio Tinto, que vão gerar mais empregos e riquezas para Corumbá , Ladário e todo Mato Grosso do Sul. Não há dúvida. A fronteira de nosso estado com a Bolívia vai se transformar em um dos maiores pólos de desenvolvimento do Brasil.
A afirmação é do senador Delcídio do Amaral, ao comentar a decisão da mineradora Rio Tinto de investir US$ 650 milhões nos próximos três anos, para ampliar a capacidade da mina que a empresa possui em Corumbá e desenvolver, em sociedade com o grupo argentino Techint, um pólo de mineração e siderurgia para a produção de 1 milhão de toneladas de ferro e aço.A decisão da Rio Tinto foi divulgada em matéria veiculada nesta quinta-feira na primeira página do jornal Valor Econômico, um dos mais respeitados diários especializados em economia do Brasil.
A matéria, assinada pela jornalista Vera Saavedra Durão, revela que os recursos a serem destinados a Corumbá são maiores que todos os investimentos feitos até hoje pela companhia anglo-australiana, que há 33 anos opera no país.
- Esses recursos são um sinal claro que a Rio Tinto visualizou em Corumbá uma oportunidade única para expandir suas ações no Brasil. Ali chega o gás natural que vem da Bolívia, com preço competitivo e em quantidade abundante para abastecer os altos fornos de uma siderúrgica. O minério que a empresa extrai na região tem um dos maiores graus de pureza do mundo. E é também na região de fronteira que a Petrobras vai implantar o pólo gás-químico, para produzir amônia, uréia, gás de cozinha , polietileno e derivados de plástico.Nas conversas que eu, a ministra Dilma (das Minas e Energia) e o governador Zeca tivemos com Robert Graham, presidente da Rio Tinto Brasil, mostramos a viabilidade do investimento. E ele, como dirigente de um grupo que é o segundo maior do mundo na área de mineração - o primeiro colocado é a Companhia Vale do Rio Doce - conhece a qualidade de seu produto e a competitividade que terá o aço produzido em Corumbá no mercado interno e externo - afirmou Delcídio.
Na reportagem do Valor Econômico, o presidente Robert Graham diz que os investimentos no país estão dentro da estratégia internacional da companhia, que é desenvolver grandes empreendimentos na área de minerais e metais a baixo custo. O projeto vai envolver a construção de uma pelotizadora com produção prevista de 750 mil toneladas a 1 milhão de toneladas, uma usina para produzir ferro, uma aciaria e uma termelétrica a gás. A produção de minério de ferro na mina de Corumbá vai passar de 1 milhão de toneladas para até 15 milhões de toneladas.
A Rio Tinto já começou a negociar com a Petrobras e o governo boliviano o fornecimento de gás para o pólo a preço competitivo. O gás natural entrará como insumo em todas as usinas e como gerador de energia para a aciaria elétrica que vai produzir inicialmente 1 milhão de toneladas de aço por ano. A Rio Tinto e a Techint querem definir o local de instalação das usinas até o primeiro trimestre de 2005.
O senador Delcídio revelou que, a exemplo do que aconteceu para a implantação da usina térmica e do pólo gás-químico, vai fazer gestões, juntamente com o governador Zeca e a ministra Dilma, para que o governo boliviano ofereça a Rio Tinto um preço diferenciado no gás natural em todos os investimentos da empresa na região.

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