O nível do rio Paraná vem subindo nos últimos dias com a chuva nos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Na margem paulista, no município de Castilho, a situação já começa a se complicar. A água subiu três metros e meio e chegando bem perto das casas.

Parte dos terrenos já foram invadidos e alguns pomares estão inundados. A cidade já registra vinte ranchos tomados pela água e o sinal de alerta para famílias de ribeirinhos já foi dado. Muitos já pensam em deixar as casas.
No bairro Figueira, seis famílias só conseguem sair ou entrar a pé porque parte da estrada também está debaixo d’água. A cheia ameaça também os negócios de quem tem o rio como fonte de sustento.

Os vertedouros da usina hidrelétrica de Jupiá estão abertos, mas não por ser uma prática comum entre as usinas hidrelétricas em época de chuva, e sim por necessidade. O rio, que divide os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, está transbordando. Toda a água vinda de outros estados como Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás, deságua nele.

O serviço "Telecheia", mantido pela Companhia Energética de São Paulo, a Cesp, informou que a situação está no limite. A vazão é de dezesseis mil metros cúbicos de água por segundo.

Essa marca quer dizer que a qualquer momento toda a faixa de terra que contorna o rio pode ficar inundada. Esta é a maior cheia do rio Paraná em 24 anos.