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Rio 2016: jornalistas aprovam convocação da seleção brasileira e elogiam Prass

Agência Brasil - 30 de junho de 2016 - 10:40

Convocada nessa quarta-feira (29), a Seleção Olímpica de Futebol mostrou estar próxima do melhor que o Brasil tem a oferecer, na opinião de especialistas da imprensa esportiva. Para eles, o técnico Rogério Micale acertou na maioria dos nomes e a opção por um goleiro experiente chamou a atenção na lista.

Geralmente, as maiores discussões de uma convocação olímpica de futebol se concentram nos três atletas acima dos 23 anos permitidos pelo Comitê Olímpico Internacional. Considerando que Neymar, 24, era um nome certo, o destaque ficou para Fernando Prass, 37 anos, goleiro do Palmeiras.

Prass, que faz uma boa temporada pelo seu time, nunca havia vestido a camisa da Seleção Brasileira. E sua estreia será justamente na Olimpíada, em uma seleção majoritariamente de jovens até 23 anos. “Foi a grande surpresa. Mas é merecido, apesar de nunca ter sido chamado para a seleção. Porque existe hoje um grupo de goleiros no mesmo patamar. Não tem um que se destaque de forma absoluta no futebol brasileiro”, disse o jornalista esportivo Sergio Du Bocage, da TV Brasil.

Bocage aposta que Prass será o capitão do time, função adequada para um jogador experiente em meio a um time tão jovem. Nesse caso, a braçadeira sairia das mãos de Neymar, principal jogador do time. “O goleiro é o cargo de confiança do treinador. O Prass, muito provavelmente, vai ser o capitão desse time, não vai ser o Neymar”.

Outro que gostou da convocação de Prass foi Eduardo Tironi, comentarista de futebol dos canais ESPN. “O Fernando Prass talvez seja o goleiro brasileiro veterano em melhor fase. Pode até ter sido um pouco surpreendente [a convocação], mas acho que a escolha foi um acerto. É um cara que provavelmente vai defender o gol da seleção com unhas e dentes, porque é a chance de ficar marcado na história com um título de seleção”.

Tironi e Bocage também concordam sobre a convocação de Douglas Costa, de 25 anos. Ambos o consideram um jogador de qualidade suficiente para estar na seleção, mas acreditam que a última vaga para atletas acima de 23 anos deveria ir para um zagueiro. Os três convocados na posição são Rodrigo Caio (22 anos), Marquinhos (22 anos) e Luan (23 anos).

“De modo geral, gostei [da convocação]. Mas, em vez de colocar dois atacantes acima de 23 colocaria um zagueiro. Entendo que quanto mais experiente o zagueiro, melhor. Nessa idade, os zagueiros são menos experientes e menos seguros”, avalia Tironi. Bocage, por sua vez, acredita que o terceiro nome acima dos 23 anos deveria ser Thiago Silva, capitão do Brasil na Copa do Mundo de 2014 e companheiro de Marquinhos no Paris Saint Germain.

Treinador

Bocage também exaltou a decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de reconduzir Micale ao cargo de treinador. Ele já tem trabalhos anteriores com a base da Seleção Brasileira e vinha treinando o time olímpico em amistosos, mas cederia o lugar a Dunga, então treinador da seleção principal. Com a saída de Dunga, a CBF anunciou que Micale seria o treinador nos jogos do Rio, mesmo com a contratação de Tite como novo técnico da seleção principal.

“A grande conquista da CBF nesses últimos dias foi a volta do Micale para dirigir a seleção. É um merecimento por tudo que o cara fez. Seria uma grande sacanagem que, na hora de receber a medalha, qualquer que seja ela, outro treinador que não ele o fizesse”. Bocage, no entanto, não acredita que o Brasil seja favorito ao ouro, mas pode conquistar uma medalha. “Acho que dá para alguma coisa. Medalha de ouro acho muito difícil. Acho que a seleção feminina vai mais à frente que a masculina”.

Tironi é mais otimista. Ele avalia que a ausência de grandes estrelas do futebol mundial, como o argentino Messi e o português Cristiano Ronaldo, pode ajudar o Brasil no caminho ao tão sonhado ouro olímpico. Para ele, o Brasil tem “muitas chances” de subir no pódio pela primeira vez.

“Certamente, a Seleção Brasileira vai ser a mais forte, porque alguns grandes jogadores de outros times não virão. Acho que um dos grandes adversários do Brasil vai ser ele mesmo, por toda a pressão que vai sentir, depois do 7 a 1 na Copa do Mundo [contra a Alemanha, na semifinal] e por nunca ter ganhado medalha de ouro”.

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