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Geral

Rinite alérgica favorece ronco e apnéia

Agência Notisa - 02 de setembro de 2005 - 13:40

Noites mal dormidas podem induzir distúrbios de atenção e memória, comprometendo o rendimento escolar e no trabalho. Queixas como ronco e apnéia, associadas à sonolência diurna, são freqüentes nos consultórios de otorrinolaringologistas. De acordo com estudos recentes, aproximadamente 20% da população mundial sofre de apnéia – caracterizada por breves e sucessivas paradas na respiração durante o sono –, mas a grande maioria não busca tratamento. A má qualidade durante o sono é relatada por até 68% dos norte-americanos. O médico Marcos Sarvat abordou estes e outros temas relacionados à respiração durante apresentação no Asma Rio 2005. O evento está sendo realizado no Hotel Othon, em Copacabana, no Rio de Janeiro e se encerra hoje.

As causas para problemas como ronco e apnéia podem ser neurológicas, endócrinas ou ter relação com a estrutura maxilo-facial. “Hoje também sabemos que é possível existir um fator oxidativo. A perda de tônus, com o passar dos anos, favorece o ato de roncar”, afirmou o Sarvat que é membro do Instituto de Otologia, Rinologia, Laringologia e Voz do Rio de Janeiro. O diagnóstico destas disfunções é feito a partir de exames modernos, capazes de identificar quantas vezes o paciente pára de respirar a noite. Indivíduos com a chamada apnéia leve podem ter de 5 a 15 paradas em uma hora de sono. A apnéia intensa ocorre quando há mais de 30 eventos por hora e requer tratamento em todos os casos. “Os alérgicos possuem até três vezes mais dificuldade para respirar quando estão na posição vertical. A rinite alérgica também é uma importante causa de distúrbios do sono em asmáticos”, disse Marcos. Dados atuais apontam que 36% das crianças que roncam são alérgicas e 78% dos pacientes asmáticos têm algum grau de rinite.

De acordo com Marcos, o tratamento da rinite deve começar desde cedo. O diagnóstico precoce continua sendo a melhor forma de obter melhora no quadro, independente da conduta médica adotada. “Cerca de 70% das crianças com alergia e rinite apresentam radiografia da face alterada”, afirmou. Tratar a rinite alérgica também favorece o controle da asma, reduzindo custos e melhorando a qualidade de vida do paciente. “Em casos não cirúrgicos pode ser necessário o uso de aparelhos odontológicos, além de controle do refluxo e do peso corporal do paciente. Quando o diagnóstico sugere o aumento de tecidos moles do nariz e da garganta – cornetos, adenóides e amígdalas – a cirurgia pode ser indicada. O procedimento cirúrgico é indicado somente após a associação de diferentes exames que confirmem sua real necessidade”, alertou.

(Nota da redação: somos uma agência de notícias independente, especializada em jornalismo científico e saúde. Não fazemos assessoria de comunicação. Nossas coberturas de eventos científicos são escolhas de pauta internas. Se formos contratados para cobertura de eventos científicos, tal informação virá discriminada em texto em todo o noticiário enviado. Entretanto, o esquema de apuração se manterá livre e independente do contratante.)




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