O técnico Vanderlei Luxemburgo concedeu entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, no retorno do Palmeiras na Academia de Futebol após três dias em Atibaia, e afirmou categoricamente que o time não leva qualquer tipo de vantagem ou favoritismo contra o São Paulo.

"Isso é coisa criada por vocês [imprensa]. O São Paulo é um time de respeito, que cresce nos momentos de adversidade e que possui um elenco de extrema técnica e qualidade. Essa coisa de favorito ou não vai ser eterno no futebol, mas todos sabem que num clássico isso não entra em campo."

Nesta sexta-feira, o treinador palmeirense realizou um treino secreto na primeira parte das atividades e, como sempre acontece às vésperas de um clássico, evitou revelar a escalação. "De repente pode pintar alguma novidade", disse.

Quando perguntado sobre o fato de estar vivendo um novo momento de decisão pelo Palmeiras, Luxemburgo demonstrou gratidão com o clube que ele já comandou em 280 oportunidades.

"O Palmeiras representa quase tudo na minha vida. Foi o clube que me jogou lá para cima, para o cenário do futebol. Comecei num tempo em que já figuravam medalhões, como Telê Santana, Ênio Andrade e Evaristo de Macedo, e aos poucos fui conquistando meu espaço."

O treinador ainda revelou que muito antes de ter comandado o Verdão pela primeira vez, em 1993, esteve perto de ter sido jogador do clube.

"Em 1965, fiquei de fora de um jogo do Flamengo porque havia acertado tudo com o Palmeiras. Mas em cima da hora minha venda foi cancelada. Era para eu ter jogado naquela primeira Academia", confidenciou.

Luxemburgo comemorou o período em que o Palmeiras ficou em Atibaia. "Ninguém foi lá só para ficar treinando. O ambiente da concentração é importante para manter a união. Os atletas esquecem o dia-a-dia e vivem só o clima do jogo."

No entanto, o comandante palmeirense avisou que isso não é sinal de vitória garantida. "Eu já dirigi clubes que o clima era horrível e foi campeão. Isso é relativo e vai muito da atitude dos jogadores em campo."