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Resultado do PIB é o pior desde 1992

Cristiane Ribeiro / ABr - 27 de fevereiro de 2004 - 14:39

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro fechou o ano de 2003 com queda de 0,2%, o pior desempenho desde 1992, quando a economia brasileira se retraiu 0,5% influenciada pela crise política com o impeachment do presidente Fernando Collor de Melo. No ano passado, o PIB per capita, que é a soma de toda a produção do país dividida pela população total, também registrou o pior desempenho dos últimos 11 anos, com queda de 1,5%.

De acordo com o balanço das Contas Nacionais divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a retração no consumo das famílias e na construção civil pesaram bastante no resultado final do PIB, que foi influenciado, ainda, pela queda de 1,7% nos Impostos sobre Produtos, especialmente nos setores de minerais não metálicos, farmacêutico e de perfumaria, artigos de plástico, artigos de vestuário e bebidas.

O estudo do IBGE mostra que o consumo das famílias brasileiras, que vem registrando taxas negativas desde o quarto trimestre de 2002, caiu 3,3% no ano passado, também a maior queda desde 1992, quando a retração foi de 0,7%, enquanto o consumo do governo cresceu 0,6% em 2003.

O economista do IBGE, Roberto Olinto, responsável pelas Contas Nacionais Trimestrais, destaca que o consumo das famílias tem um peso de 60% no PIB e que foi o segmento de maior contribuição para que a taxa de crescimento da economia ficasse negativa no ano passado.

Segundo ele, “a queda na renda dos trabalhadores associada aos juros altos e a dificuldade de acesso ao crédito inibiram o consumo das famílias em 2003, principalmente dos bens de consumo duráveis, como automóveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos”.

A formação bruta de capital fixo, ou seja, os investimentos feitos por governo e empresas, recuou 6,6% em 2003, na comparação com o ano anterior. No entanto, o desempenho da agropecuária, com expansão de 5% no ano, acabou impedindo que o resultado final do PIB fosse ainda mais negativo. A indústria encolheu 1% e os serviços 0,1%.

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