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Resgate de mineiros soterrados no Chile pode demorar menos do que o previsto pelas autoridades

Renata Giraldi, Agência Brasil - 16 de setembro de 2010 - 17:49

Brasília – Soterrados desde 5 de agosto, os 33 trabalhadores da Mina de San José, no Chile, podem ser resgatados antes do previsto pelas autoridades chilenas. Os responsáveis pelas operações informaram hoje (16) que falta escavar pouco mais de 200 metros para chegar até o local onde os mineiros estão isolados. Os trabalhadores estão a 700 metros de profundidade. O trabalho conjunto de duas máquinas perfuradoras acelerou a escavação.

As máquinas Strata 950 e T-130, que têm potências diferentes, estão acionadas de forma ininterrupta. O terceiro equipamento, usado em petrolíferas, deve ser acionado ainda hoje. Os técnicos concluíram ontem (15) a construção de uma plataforma própria que sustente o uso desta última máquina.

As informações são da rede estatal de televisão do Chile, a TVN. Na semana passada, uma das máquinas parou por problemas técnicos, gerando angústia, temor e revolta entre trabalhadores soterrados e as famílias.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, designou o ministro da Saúde para acalmar os parentes e os mineiros. Porém, ele manteve a previsão inicial de resgaste em mais três a quatro meses. As autoridades pensaram até em usar dinamites para acelerar as operações. A proposta era entrar por uma chaminé, usando o explosivo. Mas a alternativa foi descartada por causa do risco de novos desabamentos.

Em um mês e 11 dias que estão soterrados, os mineiros transformaram o local onde estão em uma verdadeira comunidade com tarefas bem divididas – limpeza, alimentação, saúde, comunicação e segurança. Foram gravados dois vídeos que as autoridades chilenas divulgaram, nos quais os trabalhadores mostram o cotidiano deles e mandam mensagens para as famílias.

Com ajuda da Agência Espacial dos Estados Unidos (a Nasa), as autoridades chilenas mantêm os mineiros sob rigoroso monitoramento. A preocupação maior é com a saúde física e mental deles. Alguns trabalhadores apresentaram depressão.

Edição: Juliana Andrade


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