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Representantes da Famasul discutem redução de perdas

30 de maio de 2008 - 07:53

Representantes da Famasul discutem redução de perdas em rebanhos do Pantanal

A busca por mecanismos ou estratégias que possam contribuir para a redução da predação dos rebanhos e animais domésticos de propriedades localizadas na região do Pantanal sul-mato-grossense, e ao mesmo tempo garantam a preservação de felinos como as onças pintada e parda, foi o que motivou o encontro realizado na última segunda-feira (26/05), na Fazenda San Francisco (Miranda/MS).

Organizado por profissionais que atuam nas ONG’s WWF -Brasil Wildlife, Conservation Society (WCS) e Instituto Pró-Carnívoros – entidades que têm como objetivo comum a preservação da onça-pintada no seu habitat natural –, o evento reuniu produtores rurais e representantes de entidades como a FAMASUL (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), do IBAMA (Instituto Brasileir o de Meio-Ambiente), REPAMS (Associação de Proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural de Mato Grosso do Sul), da SEMA/IMASUL (Secretaria de Estado de Meio Ambiente/Instituo do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), da Polícia Ambiental de MS, da EMBRAPA Pantanal, entre outras, para discutir o assunto e buscar soluções que atendam aos dois lados.

“Nós sabemos que as perdas nos nossos rebanhos de bovinos, ovinos ou eqüinos não vão cessar por completo porque estamos exercendo nossa atividade econômica em uma área onde esses animais são endêmicos, mas estamos empenhados em buscar soluções para que a convivência dos criadores com esses predadores seja a mais harmônica possível”, ressaltou o proprietário da Fazenda San Francisco e anfitrião do encontro, Roberto Coelho.

Representando a Famasul estiveram presentes os assessores técnicos Janaína Pickler e Josiel Quintino do Santos, e como os demais receberam informações acerca de um estudo par a elaboração de tese de doutorado, realizado pelo biólogo Fe! rnando A zevedo que contou com o apoio da Fazenda San Francisco.

O objetivo do estudo foi monitorar o comportamento das onças com o uso de colares radio-rastreadores, principalmente no que diz respeito aos seus hábitos alimentares, quantificando, inclusive, o percentual que esses animais consomem de biomassa (alimentos) proveniente da caça de animais silvestres e de ataques aos rebanhos e outros animais das fazendas. “A conclusão do estudo foi de que a porcentagem de alimentos que as onças consomem atacando os animais das fazendas é bem pequena, perto do que elas conseguem através da caça a animais silvestres, uma vez que há uma grande disponibilidade desse tipo de biomassa, na região do Pantanal”, revela Roberto Coelho.

Ele acrescentou: “Quanto mais informações tivermos, melhor saberemos desenvolver estratégias de proteção aos nossos rebanhos e de proteção a esses animais que agora só existem na Amazônia e no Pantanal e não mais em todas as regiões das três Amé ricas, como anteriormente”.



Autor: Márcia Dietrich

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