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Representante do movimento explica ocupação no Estrela do Vale

Bruna Girotto - 19 de agosto de 2013 - 14:37

Patrícia, solteira, tem dois filhos. Ela é bolsista no ProUni e está no 3º ano de Administração da FIC.

Em entrevista ao programa Rotativa no Ar, ela explicou o movimento de 92 famílias cassilandenses no bairro Estrela do Vale. Uma liminar da justiça cassilandense suspendeu a construção de casas na área, que segundo o município, foi invadida pelos manifestantes.

Ela discorda: "Não foi uma invasão. Muitas pessoas que ficaram sabendo do assunto, estão nos vendo como vagabundos. Nós fizemos uma apropriação. Nós entramos na área de um município que tem um projeto habitacional, e fizemos a edificação de algumas casas".

"O movimento agregou outras pessoas que estão a favor da gente. As 92 famílias que estão ali, precisam. Têm carteira assinada, todos são trabalhadores, todos não têm um lar para morar. O prefeito tem incentivado a vinda de indústrias, tem dado a isenção de impostos, cedido terreno para empresas. A gente quer que eles cedam o terreno. Porque muitas famílias não conseguem financiar pela Caixa Econômica", explicou.

Ela contou que recebe R$700 reais. "Se for pagar um aluguel de E#350, como vou manter meu nome sem restrição, como vou dar direito a moradia, saúde e educação, se não porto recurso suficiente para esta finalidade?", questionou.

"Queríamos que ele fizesse um acordo com a gente. Somente o prefeito. Judicialmente, estamos sob uma liminar para parar as construções, para não entrar mais no local. O Município tem de entrar contra isso. A gente vê tanta coisa ilegal. Nesta avenida Presidente Dutra, quanta caçamba ocupa ilegalmente áreas", reclamou.

Dentre os ocupantes, Patrícia disse: "Tem senhora de 80 anos passando fome, precisando de leite. Entre essas pessoas que estão lá, fizemos 'vaquinha' para comprar leite. Tem mulher com 10 filhos".

"Estamos instalados com 92 famílias, estamos com uma liminar de reintegração de posse. Todas as famílias realmente precisam. Estamos lutando por uma coisa que temos direito: educação, saúde e moradia. Infelizmente, os nossos direitos são limitados aqui em Cassilândia", reclamou.

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