A conclusão é de pesquisadores de dois serviços suíços de ginecologia e obstetrícia.

Um tipo de câncer de mama, o câncer lobular, parece estar associado ao uso contínuo de reposição hormonal bem como à menopausa que é causada por remoção bilateral dos ovários. Esta conclusão é de estudo conduzido por pesquisadores da Suíça, cujos dados estão publicados em artigo da Archives of Gynecology and Obstetrics de novembro de 2008.

De acordo com a autora Rosanna Zanetti-Dällenbach e colegas, “de 1995 a 2004, foram diagnosticados 497 casos de câncer ductal, lobular ou ductolobular de mama em mulheres pós-menopáusicas, no departamento de ginecologia e obstetrícia do University Hospital Basel, na Suíça”. Os dados foram retirados dos arquivos dos pacientes e, para o estudo, os autores definiram que terapia de reposição hormonal contínua seria aquela ministrada por seis meses ou mais.

Segundo o texto, “dos 99 casos de câncer lobular, 72,7% eram cânceres lobulares invasivos, 21,2% eram cânceres ductolobulares invasivos e 6,1% eram cânceres lobulares in situ. Dos 398 casos de câncer ductal, 90,5% eram cânceres ductais invasivos e 9,5% eram cânceres ductais in situ” Além disso, ao todo, 144 mulheres foram enquadradas como usuárias de terapia hormonal contínua e 341 mulheres nunca haviam utilizado o tratamento, sendo que o status da reposição não pôde ser definido claramente em 12 mulheres.

A conclusão do trabalho, de acordo com os médicos, explicita que “o uso contínuo de terapia de reposição hormonal foi associado a um risco elevado de câncer lobular” – taxa de risco de 1,67 – e a ooforectomia bilateral pós-menopausa também – risco de 2,42.

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