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Renato Rosa morreu com tiro de pistola e polícia investiga se foi suicídio

Helio de Freitas, Campo Grande News - 29 de outubro de 2015 - 10:38

O prefeito afastado de Bela Vista, Renato de Souza Rosa (PSB), morreu com um tiro, disparado possivelmente de uma pistola calibre 9 milímetros. A suspeita é que ele tenha cometido suicídio. A morte ocorreu em um apartamento na Rua Tenente Ari Rodrigues, 155, em Jardim, a 233 km de Campo Grande.

O Campo Grande News apurou que Renato Rosa tinha passado a noite na casa de familiares em Jardim e hoje de manhã teria encontrado a arma e decidido tirar a própria vida.

Afastado do cargo por 180 dias em agosto deste ano, ele seria ouvido nesta quinta-feira na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara de Bela Vista, que apura suposto desvio de recursos na prefeitura.

A morte está sendo investigada pelo delegado titular do 1º Distrito Policial de Jardim, Alex Sandro Antonio, que ainda não se manifestou sobre o caso. A equipe que esteve no local da morte ainda não retornou para a delegacia.

Processo de cassação – Na segunda-feira (26), a Câmara de Vereadores de Bela Vista aprovou por 9 a 1 a abertura de processo de cassação do mandato de Renato de Sousa Rosa. O pedido foi feito pelo técnico em contabilidade Luiz Melchiades Ferreira Lobo, com base na denúncia do Ministério Público de possível desvio de dinheiro do recolhimento do ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis).

No pedido de cassação, Melchiades apontou que o prefeito praticou infração político-administrativa por negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesse do município.

Ainda na sessão de segunda foram definidos por sorteio os três integrantes da Comissão Processante – Jair Bispo (PDT) como presidente, Flavio Barbosa Cabral (SDD), relator e Lucinete Leite Lino (PMDB) como membro.

Denúncia do MPE – A denúncia de suposta fraude no recebimento do ITBI foi feita pelo promotor Alexandre Estuqui Junior. Ele investiga eventual prática de improbidade administrativa em decorrência de dano ao erário público no valor de R$ 52,4 mil que teriam deixado de entrar no cofre do município.

Em depoimento ao MPE no dia 25 de agosto deste ano, a ex-secretária de Finanças, Maria Bernadete Fleitas, disse que o dinheiro referente ao ITBI não entrou na conta da prefeitura, mas apenas na contabilidade. Ela admitiu que houve uma “transação contábil” com a empresa devedora do imposto, a pedido de Renato de Souza Rosa. O prefeito afastado disse, em setembro, que a prefeitura devia para essa empresa e que tinha autorizado a compensação.

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