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Renan diz que não tem pressa para esclarecer denúncias

Marcos Chagas/ABr - 20 de agosto de 2007 - 20:29

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (20) que não tem pressa para ver esclarecidas as investigações do Conselho de Ética sobre a origem de seus rendimentos com a pecuária. Os recursos obtidos com venda de gado em Alagoas foram utilizados por Renan para justificar o pagamento de uma pensão informal de R$ 12 mil à jornalista Mônica Veloso, com quem ele tem uma filha.

"No início, quando tínhamos pressa para demonstrar a verdade, havia quem falasse mal”, comentou o presidente do Senado. “Eu, hoje, não tenho pressa. Quero que a verdade aflore e o povo brasileiro fique absolutamente convencido de quem é que tem razão. Não há essa coisa de meia verdade, tem que ser verdade inteira."

O presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-AL), recebeu, hoje, documentos da Secretaria da Fazenda de Alagoas que foram encaminhados à Polícia Federal (PF) para perícia. Os peritos mantiveram para amanhã, às 10 horas, a entrega do resultado das perícias já realizadas. Caso seja necessário, a Polícia Federal encaminhará um adendo ao Conselho de Ética com novas informações.

O senador Almeida Lima (PMDB-AL), por sua vez, pretende propor ao Conselho de Ética que o colegiado tome os depoimentos de Mônica Veloso e do jornalista Policarpo Junior, autor da reportagem da revista Veja que deu origem às denúncias. Almeida Lima é um dos integrantes da comissão de relatores que conduz a investigação do caso.

Indagado pelos jornalistas sobre que dúvidas poderiam ser esclarecidas com os depoimentos de Mônica Veloso e de Policarpo Júnior, o peemedebista de Sergipe preferiu não expô-las. "Há uma série de dúvidas, mas não devo me antecipar. Precisamos fazer uma investigação como todos pediram no começo [dos trabalhos do Conselho de Ética]". Segundo ele, “não há como fechar relatório sem ouvir o denunciante [Policarpo Junior] nem a pivô das denúncias [Mônica Veloso].” No início das investigações, o advogado da jornalista prestou depoimento espontâneo ao conselho, apresentando a versão dela.

Leomar Quintanilha e os senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MT) defendem outra linha de ação: querem encaminhar a documentação da PF ao presidente do Senado para ouvi-lo, no Conselho de Ética, logo após o prazo de cinco dias. Casagrande e Marisa Serrano são os outros dois senadores que integram a comissão de relatores do caso. "O primeiro passo é ver a perícia e, a partir daí, conhecendo o conteúdo, vamos estabelecer os parâmetros e diretrizes das investigações", afirmou Almeida Lima.


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