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Renan diz que indicará integrantes da CPI dos Correios

Agência Senado - 23 de maio de 2005 - 14:15

J. Freitas
J. Freitas

O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou neste sábado (21) que, como presidente do Congresso, e na hipótese de os líderes partidários não indicarem os parlamentares que irão compor a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar denúncias nos Correios, ele mesmo terá que fazer a designação. Em sua opinião, isto não deve ser necessário, pois espera que os líderes indiquem os nomes, mas explicou que a determinação está prevista no Regimento Comum do Congresso que orienta o funcionamento de uma comissão mista e ele terá que cumpri-la.

- Eu tenho um fundamental compromisso com o Brasil, a governabilidade e a sustentabilidade, mas meu limite é o regimento e a Constituição. Considero importante que o Congresso possa investigar, esclarecer e punir, se necessário - disse o senador, acrescentando que já acertou com o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, a realização da sessão do Congresso, na quarta-feira (25), às 10h, para leitura do requerimento de instalação da CPI.

Renan negou, em resposta à imprensa, que tenha recebido qualquer pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para impedir a instalação da comissão de inquérito ou para favorecer a retirada de assinaturas que sustentam a criação da CPI.

- O presidente Lula disse que não está preocupado com o desdobramento da CPMI e nós não conversamos sobre a questão das assinaturas do requerimento. Ele sabe que eu tenho que agir como presidente do Congresso, mantendo intacta a minha isenção, e não como líder do governo - disse o senador.

Ele disse acreditar que o Congresso não irá interromper seus trabalhos regulares por causa do funcionamento da CPI dos Correios. Para ele, o Legislativo tem condições de funcionar normalmente ainda que outras comissões de inquérito funcionem, além da CPI dos Correios. "Vou mostrar que é possível compatibilizar o funcionamento do Congresso com a investigação política".

Ao ser questionado sobre denúncias publicadas neste final de semana pela Revista IstoÉ, envolvendo os nomes dos senadores Paulo Octávio (PFL-DF) - em questões de suposto superfaturamento de obras com prejuízos para o fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal - e Marcelo Crivella (PL-RJ) - em torno de suspeitas sobre lavagem de dinheiro em paraísos fiscais pela Igreja Universal -, o senador Renan Calheiros disse desconhecer o assunto. Afirmou, porém, que considera indispensável que as pessoas não sejam prejulgadas e tenham o direito de defesa assegurado.

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