O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou hoje em plenário que exista um acordo entre os líderes para adiar a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bingos. Segundo Renan, a reunião realizada ontem serviu para a cobrar a indicação dos parlamentares que vão integrar o grupo e não para mobilizar um boicote às investigações, como vinha sendo especulado pela imprensa nacional. Para Renan, não haveria coerência nessa decisão, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu esta semana seis mandados de segurança do PMDB, PDT e PFL contra a Mesa Diretora do Senado e determinou a indicação dos integrantes da comissão. O requerimento para criação da CPI foi assinado ano passado por 35 senadores, oito a mais que os 27 necessários, mas o então presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), não quis designar representantes dos partidos para a comissão. A CPI dos Bingos investigaria a atuação do ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz, gravado em 2002 negociando favorecimento em licitações em troca de propinas e contribuições eleitorais. As informações são da Agência Brasil.