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Remédios ficarão até 4% mais caros em abril
O preço de medicamentos deve ficar entre 3,5% a 4% mais caros a partir de 1º de abril, segundo deve anunciar a Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) até a primeira quinzena de março. A informação é do presidente do Sinprofar (Sindicato dos Proprietários de Farmácia de Mato Grosso do Sul), Paulo Lopes. Acreditamos que o aumento não chegue aos 5%, diz. No ano passado a alta no preço de medicamentos foi de 7,5% a 8%, dependendo do produto.
As indústrias, afirma, pleitearam aumentos em patamares superiores, mas o principal argumento, relacionado ao dólar, desta vez não terá sustentação, uma vez que o câmbio desde o ano passado vem seguindo uma trajetória de queda. Agora o argumento é a inflação do período. Mas o governo, principalmente por ser um ano eleitoral, deve conceder reajuste abaixo do pleiteado, acredita.
Lopes afirma que o aumento é ruim para o varejo, uma vez que inibe as compras do consumidor, já com a renda bastante achatada. Quanto aos genéricos, afirma que ainda não correspondem a 10% das vendas e reitera que é preciso maior envolvimento da classe médica, na prescrição do medicamento pelo princípio ativo e não pelo nome de marca. Os médicos da rede pública já são obrigados a prescrever as receitas desta forma, mas neste caso a maior parte dos remédios é fornecida pelo próprio governo, não reflete em demanda em farmácias particulares. Mato Grosso do Sul tem 750 estabelecimentos do ramo.