Três funcionários do campus da Universidade Federal de Mato Grosso em Rondonópolis foram executados na madrugada desta quarta-feira (28 de novembro). A pró-reitora Sorahia Lima Miranda, o prefeito do campus, Luís Mauro Pires Russo, e o professor de Zootecnia Alessandro Luís Fraga foram mortos por volta das 2h, quando retornavam de uma viagem à Cuiabá/MT e se aproximavam da casa da reitora.

De acordo com informações do site 24 Horas News, um homem encapuzado se aproximou do veículo e deu um tiro em Russo, que conduzia o veículo, e efetuou disparos contra a reitora e o prefeito do campus. O motorista foi transportado a um hospital próximo, mas morreu no centro cirúrgico. Sorahia Miranda e Alessandro Fraga faleceram no local.

As primeiras investigações sobre o caso apontam que a morta dos três teria sido encomendada por integrantes do Primeiro Comando da Capital, facção criminosa que teria adquirido uma propriedade no sul de Mato Grosso, onde a UFMT planeja instalar uma extensão do curso de Zootecnia. A fazenda foi seqüestrada em 2006 pela Justiça Federal, sob suspeita de ter sido adquirida com parte do dinheiro roubado do Banco Central de Fortaleza/CE, em 2005.

Há outras suspeitas sobre o crime. Além de passar por um processo conturbado de separação, a reitora investigava irregularidades no campus, e teria confidenciado a amigos que vinha sendo hostilizada e teve o veículo danificado no campus. O pai de Sorahia Miranda informou que a filha chegou a ser ameaçada de morte. O reitor da UFMT, Paulo Speller, disse que a Polícia Federal será acionada para ajudar nas investigações.