Geral
Reinaldo - A hora da decisão
“O Governo deve ter a coragem de tomar medidas impopulares”. A velha frase atribuída ao ex-presidente Kennedy serve como referência na abordagem da proposta do governador Reinaldo em majorar alguns impostos.
Perto de completar seu primeiro ano à frente do Estado, Reinaldo percebe que há uma distância enorme entre as intenções do candidato e o exercício pleno da administração. E de fato, não se pode ignorar alguns fatores em nível nacional que ventaram contra os planos dele de conseguir o ambiente ideal, do equilíbrio sócio econômico do Estado.
Convenhamos aqui, que a economia nacional está sangrando por conta das manobras da presidente Dilma visando garantir a reeleição. Além das famosas pedaladas, existem dezenas de outros motivos amplamente divulgados na mídia. Alguns dos reflexos da situação estão representados no desemprego, queda do PIB, disparada da inflação e a bolha crescente no mercado imobiliário.
É inegável que o desempenho ruim da maquina de arrecadação federal respinga na economia dos Estados. Aqui no MS, dependente de investimentos da União, a situação atual e as previsões caminham na estrada escura e de curvas. Esse cenário, acoplado as pretensões fiscais de Azambuja leva-nos a um deserto de esperanças.
Reinaldo sabe; aqueles que foram à Assembleia Legislativa nesta terça feira, foram seus eleitores no primeiro ou segundo turno. O governador tem consciência do desgaste que estará sujeito caso feche questão em seu projeto, não permitindo alterações. As vaias que calaram seu líder na tribuna daquela casa, mostraram a insatisfação deste importante segmento produtivo e político do Estado.
A experiência ensina que sem dinheiro não há governo bom. Nas devidas proporções Reinaldo copia Dilma para abastecer os cofres estaduais e viabilizar o custeio da máquina administrativa e os investimentos que o desenvolvimento naturalmente exige.
O sul mato-grossense é parte do contingente de brasileiros endividados, preocupados e até desesperançosos com 2016 que vem aí. Reinaldo sabe disso! Mas o pior: o PSDB, partido que lidera a oposição ao Planalto, faz das críticas à carga tributária sua grande arma em discurso.
Mas a bola segue na marca da cal. O lance seguinte depende de Reinaldo.
De leve...