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Regras duras para os visitantes da Chapada dos Guimarães

24horasnews - 06 de dezembro de 2009 - 08:31

A chefia do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, vai multar os turistas que desrespeitarem as normas e os limites de segurança nos pontos de visitação da unidade, principalmente no circuito das cachoeiras. A medida é para garantir a segurança das pessoas.

As novas normas de visitação e segurança estão estabelecidas no plano de manejo, documento que regula o uso da unidade de conservação. Os visitantes que insistirem, por exemplo, em ultrapassar a grade de proteção instalada na borda do mirante da cachoeira Véu de Noiva, uma das maiores atrações do parque, podem ser penalizados com multas que variam de R$ 50 a R$ 10 mil.

A multa será aplicada pelo CPF ou outro documento de identificação dos turistas, explica o biólogo e analista ambiental do parque, Paulo Faria. “Por enquanto estamos apenas orientando e alertando os turistas, mas nos próximos meses vamos começar a aplicar as normas. A infração mais comum, no caso da Véu de Noiva, é a ultrapassagem da grade para fazer fotos mais próximo do vale e da cachoeira”, disse Faria.

Faria lembra que por causa de um desmoronamento ocorrido no dia 21 de abril de 2008, que provocou a morte da adolescente Saira Tamires Reis, de 17 anos, e o ferimento de outras quatro pessoas, o Parque da Chapada dos Guimarães ficou fechado aos turistas por um ano e três meses. A adolescente fazia parte de um grupo de mais de 30 turistas que tomavam banho no pé da cachoeira, quando parte de um paredão de arenito desabou.

Além de proibir em definitivo a descida dos paredões e o banho na cachoeira Véu de Noiva, de 86 metros de queda d'água, a direção do parque bloqueou o tráfego de veículos entre a rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251) e o mirante da cachoeira.

O trajeto de pouco mais de 500 metros entre o estacionamento aberto a poucos metros da rodovia agora é feito exclusivamente a pé, sob a vigilância de monitores de visitação, por uma trilha que em grande parte de sua extensão está protegida por telas plásticas e cercas de bambu. Também está limitado em 100 o número de turistas que podem contemplar as belezas do local simultaneamente.

O mesmo rigor se aplica, segundo Paulo Faria, nas visitas a outras atrações do parque, como o Circuito das Sete Cachoeiras e Casa de Pedras. “A presença de turista está condicionada ao agendamento e controle por guias cadastrados no Instituto”, disse Faria.

Segundo ele, no caso das cachoeiras, a nomenclatura deveria ser alterada para "circuito das seis" com a exclusão da cachoeira dos Malucos, interditada definitivamente. “Não é liberada a visita porque o acesso é delicado e o risco é grande de acidente por queda de rochas”, afirmou Faria.

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