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Registro de Doadores de Medula é ligado a rede mundial

Angélica Gramático / ABr - 25 de março de 2004 - 14:53

O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) está cadastrado na World Marrow Donor Association, maior rede mundial de doadores. O diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca), José Gomes Temporão disse hoje que a entrada do Redome neste cadastro é resultado de acordos firmados entre o Ministério da Saúde, por meio do Inca, e os registros National Marrow Donor Program (NMDP) e Caitlin Raymond International Registry (CRIR) que, juntos, têm 9,5 milhões de doadores voluntários de medula óssea.

Temporão explicou que o contrato entre o Ministério da Saúde e essas organizações ainda não está assinado, mas que isso deve ocorrer em 90 dias, no máximo. O Redome, no entanto, já está acessando, desde ontem (24), os registros de doadores. Os acordos foram acertados durante visita feita por Temporão, o diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea, Luiz Fernando Bouzas e técnicos do Ministério da Saúde a essas organizações.

“A partir de agora, além de estarmos ampliando e agilizando a busca de doador compatível no exterior, estaremos possibilitando que pacientes de outros países possam ter mais uma chance de localizar um doador no Brasil. Também poderemos ampliar a cooperação técnica e científica entre o nosso cadastro e essas organizações americanas que têm mais de 20 anos de experiência na área”, afirmou José Gomes Temporão.

De acordo com o diretor-geral do Inca, o Redome está sendo reestruturado, o que permitirá dobrar o número de leitos para pacientes que precisam de doador não aparentado. “Isso irá implicar na alocação de mais recursos para o sistema. No ano passado, o Ministério da Saúde gastou cerca de R$ 2,5 milhões na busca de doadores no exterior. A estimativa, para este ano, é de que sejam gastos R$ 24 milhões”.

Segundo Luiz Fernando Bouzas, a relação do Redome com esses centros de registros, no que diz respeito ao financiamento, era feita através de convênios esporádicos, firmados entre a Fundação Ary Frausino e o Ministério da Saúde. "Neste momento, estamos propondo que os contratos sejam feitos diretamente entre o ministério e os registros internacionais”, informou Bouzas. Ele disse que o Redome está trabalhando para atualizar o cadastro de pacientes que aguardam transplante de medula. “De acordo com o último cadastro, existem entre 700 e 800 pessoas, mas acreditamos que após concluir o novo cadastro, este número cairá para a metade”.

O Redome também terá acesso ao New York Blood Center, uma instituição pública que dispõe de um dos sistemas mais modernos de congelamento de 25 mil cordões umbilicais.


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