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Reencontro: quem não foi, perdeu- por Manoel Afonso

Manoel Afonso - 24 de agosto de 2004 - 14:44

Conferi o lamento de muita gente que por esse ou aquele motivo não compareceu ao 1º Reencontro. Em Chapada dos Guimarães, na semana passada, conversando com o Luiz Albino, senti nos seus olhos brilhando o encanto na abordagem das coisas e pessoas de Cassilândia. Em Cuiabá, o Cristininho – faz questão de ostentar em seu estabelecimento comercial calendários e fotos da nossa cidade. Ele, deu notícias de outros cassilandenses que estão por lá – adaptados à nova realidade, mas sem esquecer a santa terrinha. Aliás, estive na concessionária de veículos do José Longo para visitá-lo, mas ele estava viajando. Conversei com sua filha, já advogada, e que sabe de tudo sobre Cassilândia. Todos acompanham o dia a dia através da Internet; no CassilandiaNews.

Em Campo Grande também tenho conversado com muitos conterrâneos sobre o evento que reuniu centenas de pessoas. Quem não foi, está prometendo de pés juntos, que não irá faltar no próximo ano.

Para todos eles, relatei o que ocorreu nestes dias de confraternização. Disse-lhes da magia de voltar no tempo, estar alí por exemplo na praça São José, na velha ponte do rio Aporé, revendo pessoas na feira e curtir a paisagem sem igual no salto, sentido o cheiro do mato e ouvindo o barulho da cachoeira. O gostoso disso tudo, é que o encontro não se transformou numa espécie de “prestação de contas” da vida de quem saiu, ou de julgamento de conduta de quem quer que fosse. Ricos e pobres, independentemente do sucesso e atividade, ficaram no mesmo nível. As pessoas estavam interessadas apenas em associar a presença dos amigos ao fato de estarem em Cassilândia, desligando-se das suas atribulações atuais e transportando-se para o tempo da inocência.

Conversei com muita gente: alguns mais gordos, outros calvos, mas todos despreocupados com esses detalhes. Cada qual tinha um fato para lembrar, histórias para contar. Não quero citar nomes para cometer injustiças, mas uma frase do Divino, do Protázio, que é dentista, impressionou-me. Quando perguntei-lhe onde morava, respondeu-me: “o meu corpo está em Jundiaí, mas meu pensamento não sai de Cassilândia.”

Por tudo isso, acho que a tese de que tudo é descartável, onde o passado não importa, onde só o sucesso, o presente interessam, não é compartilhado pelos formidáveis cidadãos do interior. Isso vale desde o Ademir do Joá – Juiz de Direito, até ao “Tonhão da Rapadura”, que voltaram para matar a saudade.

O primeiro reencontro saiu melhor do esperado, e aqui há de se louvar todos aqueles que participaram da sua organização. Pessoalmente estou feliz também porque ele foi inspirado à partir de artigos que publicamos falando das pessoas que tinham se mudado da cidade. Mas isso não interessa.

Interessa é que o evento funcionou como um ima, atraindo para Cassilândia, gente que bebeu de sua água, que comeu de sua farinha, e do franguinho com gairova. “Bom de mais sô!”
Ano que vem, voltarei! Espero vocês!

MANOEL AFONSO




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