Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 25 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Redução drástica do colesterol traz benefícios

Agência Notisa - 27 de setembro de 2004 - 07:24

Rio de Janeiro - Considerado um dos principais fatores de risco, o combate às altas taxas de colesterol é um dos desafios da medicina moderna. Nesse sentido, reduzir a taxa de colesterol em mais de 50% com o auxílio de drogas pode ser uma alternativa terapêutica eficaz e recomendável. Essa é a opinião do Dr. Allan Gaw, pesquisador escocês, que defendeu reduções drásticas dos níveis de gordura com o objetivo de reduzir as taxas de risco cardiovascular.

Em palestra no 59º Congresso de Cardiologia, Gaw avaliou as novas opções de tratamento no combate ao colesterol, enfocando o uso das vastatinas — medicamentos capazes de reduzir as lipoproteínas aterogênicas (que causam aterosclerose). Segundo ele, tudo indica que quanto maior a redução do colesterol, maiores são os benefícios para o paciente. Na palestra intitulada “Alcançando alvos em colesterol: novas opções de tratamento”, ele apresentou dados de diversos estudos que demonstravam que a diminuição da taxa de colesterol com o uso de vastatinas, mesmo quando superior a 50%, era acompanhada de redução significativa das taxas de risco cardiovascular.



Um dos argumentos do pesquisador foi o resultado de um estudo europeu (PROVE IT - Pravastatin or Atorvastatin Evaluation and Infection Therapy), publicado em março deste ano que comparou o uso de duas vastatinas: a atorvastatina (80mg) e pravastatina (40mg). A pesquisa, que envolveu mais de 4 mil pacientes acompanhados durante dois anos, concluiu que quanto mais forte o impacto da droga, melhores são os resultados para os pacientes.



Apesar de defender o uso, o pesquisador acredita que esse tipo de medicamento não deve evoluir mais e aposta no desenvolvimento de novas opções de combate ao colesterol. Ele citou como exemplo o uso combinado de drogas, como algumas vastatinas com aspirina ou anti-depressivos.



Gaw apontou ainda para a necessidade de o médico estabelecer prioridades na tentativa de diminuir os riscos cardiovasculares. Além do colesterol, o combate ao fumo e o controle da pressão arterial são fundamentais. “Esse é um problema mundial, que atinge tanto o Brasil quanto a Europa e os Estados Unidos”, afirmou. Os dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia confirmam: 300 mil brasileiros ainda morrem a cada ano devido a problemas relacionados a doenças cardiovasculares.



(Agência Notisa – jornalismo científico - scientific journalism)

SIGA-NOS NO Google News