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Redivisão pode gerar desenvolvimento e integração

Agência Câmara - 06 de maio de 2004 - 09:19

O ex-ministro das Comunicações e ex-deputado federal, Pimenta da Veiga, considera-se um "defensor ardoroso" da redivisão territorial por acreditar que o Brasil estará no rumo do desenvolvimento. Ele manifestou, entretanto, sua preocupação quanto ao crescimento populacional no País. "Na próxima década, a população brasileira terá 30 milhões de pessoas a mais. E para aonde elas vão? Certamente para a periferia das grandes cidades. Se não criarmos alternativas para esse contingente, poderemos ter, no futuro, saudade da violência que hoje impera naquelas cidades", afirmou.
O ex-ministro rebateu ainda a idéia de que um novo estado representa "esbanjamento" de recursos. Para ele, a lógica é contrária. "É muito mais econômico administrar pequenas e médias cidades", afirmou, argumentando que a prestação de serviços públicos - como transporte e fornecimento de água - é menos onerosa quando feita para pequenas populações.

Estradas
Para o presidente da Comissão Pró-criação do estado do Araguaia, Francisco Monteiro do Nascimento, a perda de escoamento é outro problema a ser solucionado com a redivisão. Oriundo do Vale do Araguaia, no Norte do Mato Grosso, também conhecido por "Vale dos Esquecidos", ele destacou que a região, embora tenha tido grande produção neste ano, perdeu boa parte dela, em razão das péssimas condições das estradas.

Sudam e Sudene
A deputada Terezinha Fernandes (PT-MA) acredita que a proposta de redivisão territorial pode ser instrumento de integração das regiões Norte e Nordeste ao processo de desenvolvimento já experimentado pelo Sul e Sudeste, cujas condições favoráveis resultam em boa qualidade de vida aos seus habitantes. Ela recordou que os últimos 30 anos têm sido pródigos na questão do êxodo rural, que ocasiona o inchaço dos centros urbanos. "Esse problema poderia ser resolvido se todas as regiões brasileiras fossem igualmente desenvolvidas. Nesse sentido, a recriação da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) é importante para integrar as regiões e para definir que tipo de desenvolvimento se pretende", concluiu.



Reportagem - Reportagem - Beth Veloso e Patrícia Araújo
Edição - Malena Rehbein


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