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Geral

Redes sociais são poderosas armas contra os maus tratos de animais

Correio do Estado - 07 de junho de 2014 - 20:17

Maltratar animais é crime e dá cadeia! Cada vez mais, a população se conscientiza sobre a importância do combate aos maus tratos contra aqueles que são mais indefesos que os seres humanos. De acordo com o delegado da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), Antônio Silvano Rodrigues da Mota, os números de denúncias estão em queda livre. “Os casos de maus tratos diminuiram por conta do clamor popular, espeficicamente nas redes sociais”, argumenta o delegado.

Em Campo Grande, a redução do número de boletins de ocorrência entre 2012 e 2013 foi de 40%. No Estado, a diminuição foi mais de 20%.

Para quem protege os animais diariamente, a internet causou uma verdadeira revolução no ativismo. As postagens sobre cães e gatos perdidos ou que precisam de resgate causam comoção na rede. Vários voluntários aparecem para ajudar. “Revolucionou tudo, nas denúncias e até na ajuda e doações que recebemos. As pessoas estão acordando”, afirma Daniela Reis, 38 anos, protetora animal que usa as redes sociais diariamente.

COMO DENUNCIAR
Em casos de maus tratos de animais, a denúncia pode ser feita em qualquer delegacia da cidade, afirma o delegado Silvano.

Mas o caso será encaminhado a Decat, por isso, para agilizar o processo, o denunciante (anônimo ou não) pode entrar em contato direto com a delegacia especializada, nos telefones 3368-6092 e 3368-6185.

Casos de maus tratos valem para qualquer animal que sofre agressões físicas ou privação de comida, água, espaço físico para se movimentar ou quaisquer condições precárias de sobrevivência. “O animal é um ser indefeso de boa índole e quem deveria proteger muitas vezes é o agressor”, lamenta o delegado Silvano.

A protetora Daniela Reis afirma que, avaliando a gravidade da situação, a delegacia age imediatamente. “Eles sempre me atenderam na hora”, diz.

Mês passado, Daniela denunciou o caso de um cão encontrado morto na Avenida Nelly Martins, no Bairro Carandá Bosque. O bicho estava envolto a objetos suspeitos. “Parecia algum tipo de ritual”. O caso ganhou atenção imediata da polícia e da mídia, mas as investigações ainda não foram concluídas.

“Estamos levantado possíveis suspeitos”, diz Silvano, reafirmando que existe punição para quem maltrata e assassina animais.

PARCERIAS
A Decat tem parceria com os abrigos independentes de animais e os protetores. Animais encontrados doentes e debilitados nas ruas são encaminhados para as entidades e pessoas protetoras, que pagam pelo tratamento veterinário e arranjam lares temporários e permanentes.

Para custear as despesas das clínicas veterinárias, os protetores pedem ajuda na internet. “Aparece um ou dois casos por dia” ,conta Daniela. “As pessoas veem na internet e ajudam”. Para o delegado Silvano, os números indicam que finalmente a população está criando consciência sobre o tema.

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