Evidências científicas provam que os efeitos negativos da nicotina sobre o feto começam ainda na fase de gestação. Pesquisadores norte-americanos divulgaram um estudo que mostra alterações neurológicas e psíquicas em recém-nascidos causadas pela exposição ao cigarro. Foram analisadas mais de 50 mulheres grávidas, metade fumantes. Os bebês foram avaliados por pediatras que não sabiam se a mãe da criança era fumante ou não. Após serem afastados os fatores que poderiam alterar os resultados, como uso de álcool, associação com medicamentos ou drogas ilícitas, os médicos deram o diagnóstico: os bebês expostos a nicotina ainda no útero das mães apresentavam irritabilidade, hipertonicidade muscular e grande grau de excitação, além de sinais neurológicos compatíveis com síndrome de abstinência de nicotina. Os médicos também registraram sintomas gástricos, neurológicos e visuais.

De Brasília, Leilane Alves