Apesar de as exportações do agronegócio seguirem em alta, o ritmo de crescimento diminuiu em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas externas foram 10% superiores em 2005 para a variação de 35% registrada em 2004. "Estamos perdendo o dinamismo", diz Antônio Donizeti Beraldo, chefe do Departamento de Comércio Exterior da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).


O coordenador Geral de Comercialização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eliezer Lopes, também acredita em perda de rentabilidade para o setor, mas diz que os volumes e os preços têm compensado o câmbio. "Há uma forte demanda mundial e excedente de produção", afirma.


Carnes, café e o complexo sucroalcooleiro contribuíram para o desempenho da balança comercial do setor.


Apenas em agosto as exportações somaram US$ 4,3 bilhões - acréscimo de 16% ao mesmo período de 2004. A surpresa do mês foi a soja, cujas vendas aumentaram 10%, totalizando US$ 1,1 bilhão, resultado de um repique nos preços entre junho e julho.


"Pode haver uma reação neste segundo semestre", acredita Lopes. Isso porque, no acumulado do ano a receita cambial com as vendas do complexo soja estão 13,6% inferiores à registrada no mesmo período de 2004.



Autor:
CNA