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Rebelião no presídio de Ponta Porã mata 2 e fere 3

Graciliano Rocha e Cristiane Gutierrez / Campo Grande News - 23 de maio de 2005 - 15:32

Dois detentos mortos e três feridos em estado grave. Este é o saldo da rebelião que sacudiu a Unidade Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã (a 335 quilômetros de Campo Grande), na manhã desta segunda-feira.

Os mortos são: Ronaldo Monteiro e Clecio Vanilto – os dois cumpriam pena por tráfico de drogas. Monteiro, apontado como um dos líderes de um tumulto ocorrido no último dia 13, foi amarrado a colchões e depois incendiado pelos companheiros. Vanilto foi encontrado morto numa cela com diversas perfurações pelo corpo.

Ainda não há a identificação dos três presos em estado grave e famílias de homens que cumprem pena estão em frente ao presídio. De acordo com informação do Hospital Regional, os feridos estão sendo atendido na emergência e correm risco de morte.

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e a Polícia Civil apontam uma disputa entre grupos rivais como o detonador do conflito que teve início pela manhã e só foi controlado por volta do meio-dia.

O diretor-geral da Agepen, Luiz Carlos Telles, confirmou que um agente penitenciário chegou a ser feito refém dos amotinados. “Estamos apurando as causas para tomar as providências para restabelecer a segurança e a disciplina na unidade penal”, disse ele, agora há pouco ao Campo Grande News. Entre as prováveis providências está a transferência de presos para outras unidades.

Telles não forneceu a identificação do funcionário tomado como refém, mas disse que ele escapou ileso à confusão. O presídio de Ponta Porã abriga mais de 300 detentos, sua capacidade é para 80.
Neste momento, 60 homens da Polícia Militares e agentes penitenciários estão no pátio do presídio e vão deflagrar daqui a pouco uma operação pente-fino nas celas. Farão uma varredura em busca de armas que ainda estejam nas celas. \"O clima agora está mais tranquilo, não há mais agitação\", disse o tenente Gilberto Santos, que coordena a ação da Polícia Militar no local.

Em menos de seis meses este é o terceiro – e o mais grave – ato de indisciplina no presídio da fronteira – os outros dois estouraram na véspera do Natal do ano passado e no dia 13 de maio deste ano.

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