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Rebelião em Pernambuco termina com um morto
Recife - Um presidiário morreu e dois ficaram feridos durante rebelião, ontem (5) à noite, no Centro de Observação Criminológica e Triagem de Abreu e Lima, na região metropolitana de Recife.
O motim, que começou por volta das 19 horas, no pavilhão A, durou sete horas, sendo controlado por 30 policiais militares do Batalhão de Choque. Eles usaram extintores de incêndio e bombas de efeito moral para conter os rebelados, que queimaram colchões, arrancaram grades de celas e fizeram reféns entre os próprios internos da unidade.
O propósito da rebelião foi reivindicar a saída do novo diretor da unidade prisional, Rildo Manoel Cardoso, que assumiu o cargo há duas semanas e determinou medidas mais rigorosas no sistema de visitas de familiares aos domingos.
O protesto terminou após negociação. O superintendente de Segurança Penitenciária, coronel Isaac Wanderley, explicou o que ficou acertado com os presos. O acordo permite que eles tenham três visitas do sexo feminino supervisionadas com reforço policial, antigamente eram duas. Isso é para evitar superlotação na unidade, declarou.
A capacidade do centro é para 311 internos, mas abriga uma população de 1.098 detentos.
A situação hoje (6) no centro é de tranqüilidade, com todos os presos dentro das celas. Uma sindicância interna será aberta para apurar denúncias de presos sobre agressões físicas sofridas dentro da unidade.