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Rebanho bovino de MS teve diminuição de 800 mil cabeças

Jorge Franco, com informações da Agência Brasil - 11 de dezembro de 2007 - 13:05

O rebanho bovino de Mato Grosso do Sul caiu de 24,5 milhões de cabeças em 2005 para 23,7 milhões em 2006, revela estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em toda a região Centro-Oeste o rebanho bovino encolheu, mas no Estado o impacto foi maior, em números absolutos. A diferença é de 800 mil cabeças no período de um ano, isso apesar do veto à exportação de carne bovina devido aos focos de febre aftosa verificados em 2005 no Estado.

O Brasil continua sendo o segundo maior produtor de bovinos do mundo (de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA – USDA/2007), atrás somente da Índia. Embora dispersos por todo o território nacional, os bovinos concentram-se na Região Centro-Oeste, responsável, sozinha, por 34,2% do total brasileiro. Os maiores rebanhos estão, respectivamente, em Mato Grosso (26,1 milhões) e Mato Grosso do Sul (23,7 milhões).

A redução pode ser um indicativo de que houve deslocamento do rebanho para outras regiões e um abate de animais maior do que a reposição no período em análise. Cabe lembrar, também, das milhares de cabeças sacrificadas na região Sul do Estado durante o trabalho sanitário para livrar a área do vírus da febre aftosa.

A Região Norte, que detém 19,9% do efetivo nacional, também apresentou recuo em 2006 (-1,0%), em especial, no Pará (-3,1%) e em Tocantins (-2,5%). Em contrapartida, o Amapá registrou a maior taxa de crescimento do efetivo nacional, com 12,9% sobre a obtida em 2005. O Acre também registrou alta expressiva (6,0%).

Em parte, esses aumentos podem ser atribuídos à atualização do cadastro de vacinação contra febre aftosa (principal fonte de dados da pesquisa) e não somente ao crescimento real do número de cabeças. Na Região Sudeste, com 19,0% do rebanho nacional, houve aumento de 0,7% na comparação com 2005. Minas Gerais (alta de 3,7%), individualmente, ocupa a primeira posição, reunindo 10,8% de todo o efetivo nacional, seguido por São Paulo, com participação de 6,2%.

Em São Paulo, foi verificada a queda mais relevante em termos de quantidade (-4,7%). Um dos fatores que podem explicar esse resultado é a concorrência de áreas de pastagens com a expansão da cultura da cana-de-açúcar, em detrimento das primeiras.

A Região Nordeste participa com 13,5% do efetivo nacional e mostrou crescimento de 3,4% em 2006, na comparação com o ano anterior. Foi a região que apresentou a maior variação do efetivo e alta generalizada. Individualmente, Pernambuco registrou expansão da ordem de 9,7% e Sergipe, de 6,2%.

No Sul, houve contração do rebanho em 2006 (-2,1%). Santa Catarina foi o único estado da região a experimentar aumento (2,5%).

Em termos municipais, entre os dez principais produtores de bovinos, nove estão na Região Centro-Oeste, com Corumbá (MS) assumindo a primeira posição (1,99 milhão de cabeças), apontando aumento de 1,9% sobre o ano anterior. No âmbito externo, a exportação de carne bovina brasileira cresceu 12,9% em 2006 ante 2005, apesar dos problemas sanitários que afetaram as principais regiões produtoras.

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