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Reajuste de preços dos combustíveis pesa na inflação

Diário Figital - 05 de março de 2015 - 14:21

A inflação do mês de fevereiro de 2015 em Campo Grande foi de 1,38%, índice motivado principalmente pelo reajuste nos preços dos combustíveis. Na Capital, a inflação é calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG), divulgado mensalmente pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas (NEPES) da Universidade Anhanguera-Uniderp. No comparativo apenas entre os meses de fevereiro, o índice é o mais alto dos últimos 12 anos, quando chegou em 2,33%. A projeção para o mês de março também não é animadora, segundo os pesquisadores.

Em janeiro de 2015, o percentual foi 0,40% menor. O salto inflacionário não surpreendeu os pesquisadores. Conforme o coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas da Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza, o índice já era esperado. “Neste mês de fevereiro aconteceu um forte aumento nos preços dos combustíveis, item que tem muita influência na composição do índice inflacionário de Campo Grande.

Além do mais, o grupo Alimentação também voltou a pressionar a inflação da cidade, principalmente, pelo clima que tem afetado os produtos hortifrutícolas que vêm de outros estados, somado a isso o movimento dos caminhoneiros nas principais estradas do País”, destacou. Conforme a pesquisa os grupos que tiveram índices mais altos foram Transportes (6,44%) e Alimentação (1,51%). O primeiro, aliás, foi disparado o principal responsável pela alta da inflação do mês passado. O grupo Transportes apresentou alta devido aos fortes aumentos de preços dos combustíveis diesel (15,94%), etanol (12,80%) e gasolina (9,67%.). Também foi registrada elevação de preços em automóvel novo (0,97%) e no pneu (0,22%). “Nenhum item desse grupo teve queda de preço”, completa o pesquisador Celso. Com índice negativo destaca-se o grupo Despesas Pessoais (-0,66%). No próximo mês, os preços das carnes por exemplo poderão continuar em alto devido a falta de boi gordo para o abate.

Porém, em março, um outro item deve se destacar na composição do índice inflacionário: a energia elétrica. “O cenário continua não sendo dos melhores em relação ao comportamento da inflação em Campo Grande, pois haverá forte aumento no preço de energia elétrica, item com o maior peso na composição da inflação da cidade”, informa o pesquisador. Acumulada – A inflação acumulada em 12 meses na cidade está em 7,60%, já muito acima do topo da meta inflacionária estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o período 2015, que é de 6,5% e muito além do centro da meta que é de 4,5%. Nesses últimos doze meses as maiores inflações acumuladas na Capital, por grupo, foram: Alimentação, com 11,30%; Transportes, com 10,73%; Despesas Pessoais, com 8,38%; e Educação, com 7,87%. Os demais grupos se encontram dentro da normalidade.

No acumulado de 2015, o índice ficou em 3,18%. Os mais e os menos do IPC– Os responsáveis pelas maiores contribuições para a inflação do mês de fevereiro foram: diesel (0,40%), gasolina (0,31%), etanol (0,23%), ovos (0,04%), feijão (0,03%), patinho (0,03%), papel higiênico (0,03%), cebola (0,03%), contra-filé (0,03%) e alcatra (0,03%). Já os itens que mais ajudaram a segurar a inflação nesse período, com contribuições negativas foram: batata (-0,03%), tomate (-0,03%), sapato feminino (-0,02%), camisa masculina (-0,02%), costela (-0,02%), açúcar (-0,02%), frango congelado (-0,01%), sandália/chinelo feminino (-0,01%), calça comprida (-0,01%) e salsicha (-0,01%). Segmentos - Em fevereiro de 2015 o grupo Habitação apresentou elevação de 0,31% em relação ao mês anterior. Alguns produtos/serviços deste grupo que sofreram majorações de preços foram: vela (10,71%), água sanitária (9,55%), lâmpada (7,77%), entre outros com menores aumentos. Quedas de preços neste grupo ocorreram com: lustra móveis (-1,19%), cera para assoalho (-0,94%), sabão em pó (-0,43%), entre outros. O grupo Alimentação foi um dos que mais contribuíram para a inflação do mês passado, apresentando 1,51% de alta. Os maiores aumentos de preços que ocorreram em produtos como: abobrinha (33,01%), cebola (29,25%), repolho (22,47%), entre outros. Quedas de preços ocorreram com limão (-19%), tomate (-11,33%), milho para canjica (-8,53%), entre outros. “O grupo Alimentação sofre muita influência de fatores climáticos e da sazonalidade de seus produtos, principalmente, verduras, frutas e legumes. Alguns têm preço maior ao término da safra, outros diminuem de preço quando entram na safra. Quando o clima é desfavorável há aumento de preços e quando o cenário é contrário há queda nos valores”, explica Celso Corrêa sobre as variações. A carne vermelha aumentou de preço. Dos quinze cortes de carne bovina pesquisados pelo NEPES da Anhanguera-Uniderp, 11 registraram altas. São eles: músculo (9,29%), patinho (8,79%), lagarto (8,26%), picanha (6,77%), coxão mole (6,48%), contra-filé (4,47%), filé mignon (3,21%), acém (2,93%), alcatra (2,02%), cupim (0,88%) e paleta (0,68%). Já quatro deles sofreram quedas de preços: fígado (-6,23%), costela bovina (-2,85%), vísceras de boi (-2,38%) e ponta de peito (-0,98%). O frango resfriado teve queda de preço de -1,90% e miúdos um forte aumento de 5,49%. Quanto à carne suína, todos os cortes pesquisados tiveram aumentos que chamaram a atenção. São eles: bisteca (8,13%), costeleta (7,93%) e pernil (5,90%). Saúde e Educação - O segmento Saúde também apresentou alta, porém em menor proporção: 0,09%. Os produtos/serviços que aumentaram de preços foram: antibiótico e parasiticida (0,96%), antigripal e antitussígeno (0,46%), vitamina e fortificante (0,43%), entre outros. Já os produtos que tiveram quedas de preços foram: antidiabético (-0,42%) e antialérgico e broncodilatador (-0,18%). Diferente de janeiro, o Grupo Educação desta vez ficou estável, com índice 0%.

O mesmo comportamento foi observado no grupo Vestuário, também com 0%. Aumentos de preços que ocorreram neste grupo foram: calça comprida masculina 1,25%, sapato masculino 0,77% e camiseta masculina 0,05%. Quedas de preços ocorreram com: sandália/chinelo feminino (-4,56%), sapato feminino (-3,31%), sandália/chinelo masculino (-3%), entre outros. Na contramão das diversas elevações está o grupo Despesas Pessoais, que apresentou redução da ordem de -0,66%. Alguns produtos/serviços desse grupo que tiveram aumento de preços foram: papel higiênico (6,50%), absorvente higiênico (4,99%), creme dental (4,62%), entre outros. Quedas de preços ocorreram com fio dental (-6,41%), produto para limpeza de pele (-1,80%), protetor solar (-1%), entre outros. (Com informações da assessoria de imprensa da Uniderp)

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