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Rapaz sobrevive após ser atropelado por um trem

Paulo Fernandes/Campo Grande News - 21 de janeiro de 2008 - 09:34

O carpinteiro Robin Ayala, de 22 anos, foi atropelado por um trem no último dia 13 em Puerto Quijarro, na Bolívia, e sobreviveu. Ayala perdeu os braços e as pernas. Ele está internado no Hospital de Caridade de Corumbá.

Aquele hospital é o único da região da fronteira que conta com uma equipe de médicos ortopedistas capacitados para o socorro e a cirurgia. “A cirurgia dele levou oito horas. Ele não corre mais risco de morte, está lúcido e sendo medicado com antidepressivos”, informou o médico-chefe do setor clínico do Hospital de Caridade, Lauther Serra, de 52 anos. Não foi possível re-implantar os membros porque eles estavam destroçados.

Ayala não se lembra como aconteceu o acidente. “Só sei que alguma coisa bateu na minha cabeça e fiquei desacordado. Acordei aqui no hospital. Não me lembro de mais nada”, disse ao Diário Corumbaense. A família dele também não sabe o que aconteceu.

Uma das hipóteses é de que Ayala tenha adormecido em cima da linha férrea e não ouviu o apito nem o barulho do trem que se aproximava. A outra, é que tenha sido agredido na cabeça e desmaiado sobre os trilhos. A polícia boliviana ainda investiga as causas do acidente.

O diretor-clínico do hospital, Lauther Serra, disse que nunca viu um caso semelhante. “Sobreviver a um acidente de trem, perdendo braços e pernas, sem outras seqüelas no corpo, é um milagre”, disse.

É possível que o carpinteiro boliviano receba alta nesta terça-feira. “Ele está reagindo muito bem ao tratamento, está menos depressivo, mais lúcido, e possivelmente terça-feira eu deva liberá-lo para ficar em casa, mais perto da família, em Puerto Quijarro, onde sua recuperação com certeza será melhor e mais rápida”, afirmou Serra. “Estamos controlando uma pequena infecção na coxa esquerda”, acrescentou.

Robin Ayala receberá próteses de braços e pernas, adquiridas pela Ferrocarriles Boliviana, empresa que administra a malha ferroviária em Puerto A Quijarro.

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