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Rapaz que matou namorada e a filha fica isolado em penitenciária

Campo Grande News - 29 de novembro de 2018 - 15:00

Marcos Fioravanti Neto, 22, assassino confesso da namorada Maiana Barbosa de Oliveira, 20, e da filha do casal, Dandara, de um mês de vida, vai ficar isolado em uma cela na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). A transferência dele da delegacia de Glória de Dourados para o presídio de segurança máxima ocorreu no fim da tarde de ontem (28).

Ao Campo Grande News, o advogado do rapaz, José Roberto Teixeira Lopes, disse que o isolamento foi determinado pelo juiz da Vara de Execuções Penais da comarca de Dourados, César de Souza Lima.

“Para a segurança dele, dos demais detentos e dos agentes penitenciários ele tem que ficar isolado”, afirmou o advogado. Segundo José Roberto, Marcos tem esquizofrenia e passou dois dos últimos quatro anos internado em clínicas para reabilitação de dependentes de drogas.

“Ele tem que ficar preso pelos crimes bárbaros que cometeu, mas precisa ficar isolado, para a proteção da vida dele próprio e das outras pessoas”, afirmou o advogado, que é membro da família de Marcos Fioravanti Neto.

O advogado entregou à polícia cópias dos laudos comprovando os distúrbios psicológicos do rapaz, diagnosticado com esquizofrenia em 2016. Em 2017 ele passou dois meses internado em hospital psiquiátrico no Paraná e após a alta abandonou os medicamentos.

O fato de não seguir o tratamento era motivo de constantes conflitos entre Marcos e a mãe dele. Na noite de domingo (25), Marcos matou a namorada e a filha recém-nascida com golpes de faca, na casa em que morava com a mãe, no Jardim São Pedro, região sul da cidade.

Após os crimes, ele furtou uma bicicleta no Parque das Nações e fugiu para Vicentina, onde furtou uma moto e foi para Glória de Dourados. Lá, tentou assaltar uma mulher para abastecer a moto, mas foi preso.

Em depoimento à Polícia Civil, Marcos apresentou motivos desconexos para justificar o assassinato. Segundo o advogado, isso é mais um indício de que ele tem distúrbios psicológicos graves.

Segundo José Roberto, o caso envolvendo Marcos Fioravanti Neto era uma “tragédia anunciada” pela falta de instituições especializadas para internação de pessoas com problemas psiquiátricos iguais aos dele. “A mãe tentou interná-lo no Hospital Universitário, mas lá só existem quatro vagas para esses pacientes”.

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