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Ramez Tebet critica proposta de reforma política

Agência Senado - 27 de julho de 2005 - 08:18

Em discurso no Plenário, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) afirmou que o Congresso nunca funcionou, como agora, com três comissões parlamentares de inquérito (CPIs) investigando o mesmo tema: corrupção. Ele criticou a proposta de reforma política em estudo no momento, quando o que a sociedade espera, a seu ver, é a investigação da corrupção e a punição dos culpados.

- Muitos deveriam diminuir o trabalho da CPI renunciando imediatamente aos seus mandatos porque eles não têm mais condições de representar o povo que um dia neles confiou - declarou Ramez Tebet.

A proposta de reforma política aprovada na Câmara dos Deputados é um retrocesso, segundo ele, que garantiria aos atuais deputados prioridade nas lista de candidatos nas próximas eleições. Tebet disse também não concordar com o financiamento público de campanha. Não há, segundo Tebet, fórmula política perfeita. Para ele, o argumento de que o financiamento público acabaria com a corrupção não é verdadeiro.

O senador Marcelo Crivella (PL-RJ) disse, em aparte, concordar com a proposta de Tebet de que os culpados de corrupção deveriam renunciar aos seus cargos e mandatos para poupar o Congresso do trabalho de investigação. Crivella elogiou Tebet por não incluir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na lista dos que deveriam renunciar.

- A certeza que temos de Lula é que um operário que trabalhou 25 anos para fundação de um partido - disse Marcelo Crivella. Para ele, essa proposta de reforma política já nasceu morta. Segundo ele, 75% da população repudia o financiamento público de campanha e não quer votar em lista de candidatos.

Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) concordou as idéias do senador Tebet sobre reforma política e sua proposta de que o Congresso concentre-se nas investigações da corrupção. Já o senador Maguito Vilela (PMDB-GO), também em aparte, disse que os problemas de corrupção nos governos de Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Lula têm origem no financiamento de campanha.

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