Entre abril e junho ocorre o período de maior incidência dos casos de raiva bovina e as equipes da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) já estão sob alerta. O coordenador do Programa Estadual de Raiva, Ademar Etiro Mori, afirma que as equipes estão a campo, fazendo controle populacional de morcegos e acompanhando o monitoramento da doença.

Até o momento foram confirmados 12 focos em rebanhos que tinham 9,9 mil animais. Morreram 87. A raiva é letal em 100% dos casos. Provoca degeneração progressiva no sistema nervoso. A doença é transmitida pelo morcego hematófago (que se alimenta de sangue). Por se tratar de uma zoonoze, ou seja, que pode ser transmitida ao homem, traz preocupação.

Em Corumbá a prefeitura está atuando em parceria com o governo boliviano devido à constatação de caso de raiva canina na região de fronteira.

Este ano os casos da doença em bovinos foram constatados em propriedades de Nova Andradina, Camapuã, Costa Rica, Jaraguari e São Gabriel do Oeste, há uma semana. Os técnicos da Iagro estão reforçando as ações em São Gabriel do Oeste. A doença tem se movimentado em função do desequilíbrio ecológico. Entre abril e junho, ocorre o ápice por conta do período reprodutivo dos morcegos.