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Geral

Raios matarão mais e darão prejuízo de R$ 400 milhões

Gazeta Mercantil - 06 de abril de 2005 - 14:47

Projeções feitas pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que a incidência de raios no Estado de São Paulo, que lidera o número de registros de descargas elétricas em todo o território nacional, será 30% maior nos próximos 25 anos.

Com isso, deverá dobrar os casos de mortes provocadas pelo fenômeno a cada ano. Os prejuízos causados pelos raios no Estado também deverão saltar dos atuais R$ 100 milhões para R$ 400 milhões por ano.

As projeções foram feitas a partir de um modelo inédito de previsão de incidência e impacto dos raios no Brasil até o ano de 2030. Ele utilizou como referência as informações detectadas por satélites e também pelos sensores que compõem a Rede Integrada Nacional de Detecção de Descargas Atmosféricas (Rindat).

O aumento da incidência de raios no Brasil, considerado o país campeão na ocorrência do fenômeno, pode estar relacionado a três fatores principais, segundo o coordenador do ELAT no Inpe, Osmar Pinto Júnrior: aquecimento global, El Niño e La Niña e formação de "ilhas de calor" nos centros urbanos. Um dos dados que comprovam essa última hipótese é um estudo do Inpe, divulgado em dezembro do ano passado.

Segundo a pesquisa, que monitorou a incidência de raios no Sudeste do país, as dez cidades com maior incidência média de raios estão localizadas na região da Grande São Paulo. "Os municípios de médio e grande porte do Estado apresentam níveis altos de poluição e temperatura, formando as chamadas "ilhas de calor", que alteram a formação das tempestades e provocam mais raios", disse.

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