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Racionamento pode elevar preço da energia

10 de janeiro de 2008 - 13:11

A probabilidade de o governo federal decretar racionamento ainda este ano é "bastante evidente", na avaliação da consultora da ABCE (Associação Brasileira das Concessionárias de Energia) e sócia do escritório de advocacia Sérgio Bermudes, Elena Landau. Segundo ela, para o consumidor, além do problema do racionamento, há ainda a possibilidade de elevação dos preços.

Ela explica que, dada a necessidade de acionar as termelétricas para a produção de energia, já que as hidrelétricas ficam com a produção comprometida em função da falta de água, o resultado é uma possível alta nos preços. Isso porque o funcionamento das termelétricas é mais oneroso em relação às hidrelétricas. "No longo prazo, a perspectiva é um aumento estrutural do preço da energia, já que os aproveitamentos hídricos mais baratos já foram construídos", disse Landau.

A especialista avalia que o governo já deveria ter realizado há seis meses uma campanha de racionalização do consumo dos recursos energéticos. Landau disse que janeiro será fundamental para o setor elétrico brasileiro. A depender do nível de chuvas até o final do mês, a situação dos reservatórios das hidrelétricas tende a se agravar, elevando a probabilidade de problemas no abastecimento.

"A perspectiva de existir um problema de escassez de energia é cada vez mais evidente", disse, ressaltando que o Brasil já atravessa uma grave crise no lado da oferta de energia. Landau ponderou que, hoje, a resposta do consumidor a uma racionalização do consumo tende a ser muito menor do que a verificada no racionamento de 2001.

"Em 2001, a resposta do consumidor foi muito rápida, de modo que houve uma mudança na maneira de se usar a energia", justificou a especialista. Ela acrescentou que muitas indústrias introduziram o gás natural em sua matriz energética e que alguns consumidores residenciais mantiveram o hábito de consumir a energia de maneira eficiente, ou seja, diminuindo o espaço para novos cortes.




Estadão

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