O Quilmes promete processar “por danos morais e maus-tratos” o Estado brasileiro por causa dos “prejuízos sofridos” durante a detenção do zagueiro Leandro Desábato, acusado de racismo contra o atacante Grafite, na última quarta-feira, após o jogo em que foi derrotado por 3 a 1 pelo São Paulo, pela Copa do Brasil.

O jogador chegou a Buenos Aires na sexta-feira à noite, com o resto da delegação do Quilmes sem dar declarações à imprensa e seguiu diretamente para Cafferatta, sua cidade natal, onde descansará por alguns dias. Desábato ficou detido por 40 horas por ter chamado Grafite de “negrito de merda” e foi solto na sexta-feira após pagar fiança de 10 mil reais.

Ao chegar a Buenos Aires, o zagueiro Agustín Alayes disse que seu companheiro “foi tratado como um delinquente” e manifestou que “só agora é tratado como um ser humano”. “Pessoalmente fico chateado porque um amigo e companheiro viveu uma situação que não merece e também sinto vergonha pela maneira como a Justiça brasileira tratou o caso e pelo motivo por que o acusam”, acrescentou Alayes.

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