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Quem é quem na São Silvestre hoje

Benê Turco/CBA - 31 de dezembro de 2003 - 09:55

Robert Cheruyot, Martin Lel, Paul Kirui, Philip Rugut e Margaret Okayo. Estes são nomes de fundistas quenianos, que hoje disputar a edição de número 79 da Corrida Internacional de São Silvestre, em São Paulo. A prova, de 15 km, é a mais importante da América Latina e uma das principais de todo o mundo.

Se o Quênia mandou alguns de seus melhores especialistas para a prova, o Brasil também está preparado para lutar pelo pódio. Marilson Gomes dos Santos e Vanderlei Cordeiro de Lima são dois dos principais nome dos país na corrida, marcada para as 17:00. No feminino, Maria Zeferina Baldaia e Adriana de Souza serão dois importantes nomes nacionais - a corrida para mulheres começa às 15:15(horário Brasília).

A história da São Silvestre começa em 1925. A prova foi criada pelo jornalista Cásper Líbero, diretor do jornal "A Gazeta", um dos mais importante de São Paulo, à época. A prova nunca deixou de ser realizada, nem no ano da Revolução Constitucionalista, liderada por São Paulo em 1932, nem durante da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Por 20 edições, até 1944, a prova era eminentemente nacional. Um dos grandes campeões do período foi Nestor Gomes. Ele foi campeão em 1932, 1933 e 1935. "Nestor também ia vencer em 1934, mas começou a comemorar pouco antes do funil, quando foi ultrapassado por Alfredo Carletti".

A informação é de Caetano Carlos Paioli, um dos primeiros jornalistas a especializar-se na cobertura de atletismo no Brasil. Paioli, que morreu há dez anos, foi assistente de Cásper Líbero na organização da prova. E fez esta afirmação por ocasião da morte de Carletti, em 1985.

Na fase internacional, o primeiro grande campeão a vencer a São Silvestre foi ninguém menos que o tcheco Emil Zatopek, em 1953. Um ano antes, Zatopek vencera os 5.000m e 10.000m, além da maratona, nos Jogos Olímpicos de Helsinque. O feito do corredor, apelidado de "Locomotiva Humana" e que morreu em novembro de 2000, aos 78 anos, até hoje não foi igualado.

Nos últimos tempos, o grande nome foi o queniano Paul Tergat, ganhador cinco vezes, um recorde na história da São silvestre. Tergat, hoje também recordista mundial da maratona, venceu em 1995, 1996, 1998, 1999 e 2000.

Entre os brasileiros, um dos grandes nomes da fase internacional da prova é José João da Silva, campeão em 1980 e 1995. Em 1980, ele interrompeu 34 anos de vitórias seguidas de corredores do exterior.

A prova feminino foi criada em 1975, em homenagem ao "Ano Internacional da Mulher", instituído na ocasião pelas Nações Unidas (ONU).

Em 2002, os campeões foram o queniano Robert Cheruoyot, que tentará o BI em 2003, e a brasileira Marizete Rezende.

Este ano, o Brasil terá, no masculino, Marilson Gomes dos Santos, medalha de prata nos 10.000m no PAN de Santo Domingo e bronze nos 5.000m. Vanderlei Cordeiro de Lima, medalha de ouro na maratona em Santo Domingo, é outro nome importante. Marilson foi o segundo colocado em 2002 e Vanderlei conseguiu seu melhor resultado em 1996, quando terminou em terceiro lugar.

Além de Cheruyot, Martin Lel, campeão mundial de meia maratona em Portugal; Paul Kirui, campeão da Meia Maratona de Berlim; e Philip Rugut, duas vezes ganhador da Meia Maratona do Rio de Janeiro, são nomes com chances de brigar pelo pódio.

NO feminino, uma das atrações, Margaret Okayo, foi campeã da Maratona de Nova York este ano. Em 2001, ela foi vice-campeã em São Paulo. No ao em que ela foi a Segunda aqui, a campeã da prova foi a brasileira Maria Zeferina Baldaia, que é novamente um dos destaques este ano. Adriana de Souza, vice em 2002, é uma das brasileira cotadas para o pódio.

A prova é organizada por "A Gazeta Esportiva Net" e consta do calendário da CBAt. Segundo os organizadores, 15 mil corredores estão inscritos para participar.

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